"Apesar de as atenções estarem voltadas para o caso do dossiê, a oposição acredita ter em mãos outra arma poderosa para criar problemas para o governo na CPI do Cartão Corporativo. O novo alvo é o Banco do Brasil, acusado pelos deputados Carlos Sampaio (PSDB-SP) e Índio da Costa (DEM-RJ) de ter tirado gastos do governo Lula, com alto poder de constrangimento, da planilha enviada à comissão no início de abril. A oposição quer convocar o presidente do BB, Antônio Francisco de Lima Neto.
Segundo o deputado tucano, foram retirados do documento enviado à CPI os registros de compra de 1.016 itens, que, somados, custaram R$ 827 mil. Trata-se, de acordo com ele, de despesas não sigilosas da Presidência da República e da Polícia Federal. Eles teriam, em comum, potencial para constranger quem os fez. Fontes da comissão disseram que entre as despesas suprimidas estão compras no exterior, gastos com bebidas alcoólicas e em mercados sofisticados, como o La Palma e o Reisman, em Brasília.
Para chegar a essa conclusão, Sampaio disse ter comparado duas planilhas que reúnem todos os gastos com cartões corporativos desde 2002: a que foi enviada à CPI e a mandada pelo BB ao Tribunal de Contas da União (TCU), em janeiro. Segundo o deputado, só foram suprimidos do documento enviado ao Congresso gastos feitos depois de 2003, primeiro ano do governo Lula. Sampaio quer que o presidente do banco explique essas diferenças entre os dois documentos."
(O Globo)
segunda-feira, 12 de maio de 2008
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