quinta-feira, 15 de maio de 2008

A GUERRA DOS CALMANTES

E por falar na peleja Lexotan X Gardenal, que predomina nos corredores políticos de Fortaleza, eis um artigo exemplar da jornalista Regina Ribeiro, do O POVO. Vale a pena conferir, pois promove boas reflexões.

"A guerra dos calmantes"

Caso a prefeita Luizianne Lins tivesse tomado alguma das precauções propostas por ela para os integrantes do PSDB não teria começado essa guerra besta dos calmantes. Até o momento estão em combate o Lexoton, o Hadol e o Gardenal. Isso é só o prenúncio de uma batalha que deverá começar já com a campanha eleitoral propriamente dita. Enquanto isso, os combatentes entram na fase do aquecimento e pelo visto será algo sangrento, do ponto de vista do discurso, das estratégias, do ataque e contra-ataque. Mas o que temos mesmo nessa história? Bom, de um lado, a gente tem uma gestão sob o comando da prefeita Luizianne Lins correta e honesta, mas péssima no quesito comunicação.

Na maioria dos casos, os gestores parecem estar permanentemente em estado de defesa, o que é péssimo, para não dizer contraproducente. E quando saem em defesa geralmente é um desastre. É um tal de acusar pessoas quando nem sabem direito do que se trata e de falar de uma tal orquestração que nem sempre se confirma, é algo que só serve para confundir e muito pouco para orientar a população. Quando escutam uma crítica correm para desqualificar quem ouse pensar diferente e o joga imediatamente para o lado dos inimigos políticos, num maniqueísmo dispensável. Por outro lado, o PSDB, esse que cobra qualidade no debate político, encontra na chefe do Executivo de Fortaleza tudo o que vê em si próprio diante do espelho: autoritarismo, arrogância, incapacidade para o diálogo. E, de quebra, uma dose cavalar de machismo.

Dizer que a prefeita não trabalha, que é algo repetido por todos os caciques do partido, é de uma senhora maldade política. É adotar um discurso difamatório infeliz e desonesto. É assim que o PSDB eleva o nível do debate? Fortaleza é uma cidade que tem se revelado prenhe de possibilidades de discussões em praticamente todos os campos: educação, saúde, urbanismo, segurança, transporte, cultura e por que não dizer, gentileza. Não é possível que quem esteja no poder e quem está na disputa não disponham de uma gota de civilidade para tratar os problemas da cidade. O melhor talvez seja esquecer os calmantes e lembrar-se urgentemente da responsabilidade que o mandato político cobra de cada um deles.

Regina Ribeiro - Jornalista reginaribeiro@opovo.com.br

7 comentários:

Anônimo disse...

Regina Ribeiro disse:
"Dizer que a prefeita não trabalha, que é algo repetido por todos os caciques do partido, é de uma senhora maldade política".

Prezada Regina, queria eu ser isso apenas uma maldade política. Seria melhor para todos em Fortaleza.

Anônimo disse...

APOIADO. CONCORDO INTEGRALMENTE. SEM TIRAR E NEM POR.

Anônimo disse...

quanta parcialidade.
a campanha já começou?

Anônimo disse...

Regina Ribeiro, o que você está esperando para dar o "furo" do ano? Prova que a prefeita Luizianne Lins trabalha que você pode ganhar o Prêmio Esso! Pelo visto, a nobre jornalista não anda de ônibus (superlotados e atrasados), não necessita de postos de saúde (sem atendimento e sem remédios), não tem filho em escola municipal (alunos da 4ª série que ainda não sabem ler) e não trafega pelas ruas de Fortaleza (crateras e engarrafamentos). O resto, prezada jornalista, é demagogia. Você costuma ter o mesmo expediente e a mesma produção da prefeita?

Anônimo disse...

quem vive dopada de lexotan deve ser a bela prefeita, a sua administração demonstra essa moleza, soninho, hahaha, basta da uma volta na nossa capital e logo veremos que nada é feito, é um desastre, ela deveria ler as contra indicaçãoes do calmante... e so lembrando um dos casos mais graves: tenho pena dos pacientes do IJF. Do jeito que a coisa anda , muita lentidão...

Anônimo disse...

A posiçao da jornalista é partidária, de defesa da administraçao municipal. É um direito que a jornalista tem. Só nao pode querer passar imagem de isençao. Sua posiçao é de uma isençao engajada. Ela já criticou os que debocharam da "viagem da sogra", em outro artigo. A jornalista diz que a administracao municipal é séria e honesta. Mas, como jornalista, nao basta dizer issso. É preciso fazer investigacao jornalística e demonstrar o que diz. O que dirá a jornalista sobre a solicitacao de dois vereadores de informaçoes sobre gastos com cartoes corporativos pela adm municipal? Ora, se ela, de antemao já diz que a administracao é honesta, certamente ela deve achar que essa solicitacao é uma afronta a quem é sério e honesto. Isso é prepotência. Minha posiçao é muito clara diante de qualquer administraçao pública, seja ela qual for: o povo, pelos seus representantes e os cidadãos, individual ou coletivamente, tem o legítimo direito de fazer oposiçao social. Oposicao social difere de oposição eleitoral. Oposição social é oposição republicana, ou seja, é aquela que se mantém fiel aos interesses cidadãos diante de qualquer governo. A esquerda no poder deveria estimular esse tipo de oposiçao, pois ela é a força que move o exercício da transparência. Gostaria de ver a jornalista Regina Ribeiro, como jornalista, no exercício desse tipo de oposiçao. Se assim se comportasse, ela nao criticaria apenas o PSDB. PEDRO ALBUQUERQUE, OAB-CE 16.224.

Anônimo disse...

Gestão correta e honesta da prefeitura? Como esse pessoal gosta de ser enganado. Por onde anda a publicação com os gastos dos cartões corporativos, os gastos com os aspones? O que foi feito com a prometida devassa nas contas do Juraci? Sra jornalista, com todo respeito, essa sua matéria cheira a coisa comprada ou muita falta de senso crítico. Que tal uma reciclagem com a profa. Adísia Sá?