"Valdelano Fernandes Araújo Cardoso, 27, morreu baleado com um tiro na cabeça após um assalto. Francisco Damilton Pereira da Silva, 28, morreu afogado. O primeiro morava em Maracanaú. O segundo residia em Aracati. Uma confusão na identificação dos corpos fez com que a trajetória dos dois se cruzasse após a morte. A história é complicada e exige atenção. As informações que se seguem foram obtidas com o delegado regional de Aracati, João Eudes Moreira, e o defensor público Eduardo Almendra, que atua no mesmo município. Desaparecido há vários dias, o corpo de Damilton foi encontrado às margens de um rio, em Aracati, na última segunda-feira, dia 16. O corpo foi levado para a Delegacia Regional de Aracati e encaminhado ao Instituto Médico Legal (IML), em Fortaleza. Naquele mesmo dia, Valdelano foi morto após uma tentativa de assalto a um taxista, no Conjunto José Walter. Ele não portava documentos. O 8º Distrito Policial (José Walter) expediu uma guia cadavérica e mandou o corpo para o IML A família de Damilton foi ao IML liberá-lo na última terça-feira, dia 17. Enquanto isso, a família de Valdelano também se dirigiu ao instituto para reconhecer o parente. Os corpos foram trocados nesse momento. A família de Damilton pode ter levado o corpo de Valdelano para Aracati, por engano. Após o reconhecimento e a obtenção de uma guia complementar, os familiares de Valdelano não encontraram mais o corpo do jovem no instituto. Valdelano pode ter sido enterrado como se fosse Damilton. Somente a exumação do corpo, por meio de uma determinação judicial, poderá dar a resposta. O defensor público Eduardo Almendra, que representa a família de Damilton, revela que vai entrar com um pedido de ação indenizatória contra o Estado, por causa do ocorrido. “A família dele é humilde, sem instrução. Houve displicência do pessoal do IML”, denuncia. O irmão de Valdelano, Valdédio Fernandes, informa que a troca ocorreu entre as 13h30min e 14h30min de terça. “Eles disseram que a minha mãe tinha levado o corpo, mas ela estava comigo. A confirmação de que houve a troca só aconteceu a uma da manhã de hoje (ontem)”. Segundo O POVO apurou, circula uma versão, no interior do IML, de que a identificação dos dois homens foi alterada."
(Jornal O POVO)
quinta-feira, 19 de fevereiro de 2009
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Um comentário:
A não ser que o rosto esteja irreconhecível,como se explicar que uma pessoa não identifique um familiar tão próximo.Pode ser ignorância minha,ao pensar assim,mas,é displicência demais.
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