sábado, 28 de fevereiro de 2009

PADRE-DEPUTADO ESTUDA DIREITO CANÔNICO PARA FUGIR DA PUNIÇÃO IMPOSTA POR DOM ALDO


"O padre e deputado Luiz Couto (PT-PB) pretende voltar ao sacerdócio. O parlamentar está estudando Direito Canônico para tentar retomar as atividades perdidas na última quarta-feira (25) por determinação do arcebispo da Paraíba, Dom Aldo Pagotto (leia mais). A punição abalou um pouco a saúde do petista, mas as convicções religiosas permaneceram inabaladas. Ontem (27), Couto falou com poucas pessoas e evitou a imprensa. “O deputado Luiz Couto é parlamentar por opção pessoal, mas a vida dele é o sacerdócio", disse ao Congresso em Foco o assessor de imprensa que trabalha para o parlamentar há seis anos, José Moreira da Silva. Se necessário, o retorno poderia ser fora da Paraíba. Luiz Couto foi afastado pela Arquidiocese por defender, em entrevista a este site, o fim do celibato obrigatório na Igreja Católica e o uso de camisinhas por razões de saúde pública. Posicionou-se, também, contrário ao preconceito contra homossexuais.
Ao final da entrevista, publicada no último dia 14, Luiz Couto revelou como se relaciona com as atividades sacerdotais: “O meu maior prazer na vida é celebrar a Eucaristia”.Com a decisão da arquidiocese, Luiz Couto, que é diabético, teve uma crise de hipertensão e está em repouso por orientação médica. Conforme afirma a nota oficial da Arquidiocese da Paraíba, Dom Aldo Pagotto exige retratação do petista e afirma que suas declarações ao Congresso em Foco provocam “confusão entre os fiéis cristãos, e contraria ‘in noce’ as orientações doutrinais, éticas e morais sustentadas pela Igreja Católica”.

(Congresso em Foco)

3 comentários:

Anônimo disse...

Dom Aldo? Não foi aqule que defendeu o padre pedófilo no Ceará?, inclusive sendo acusa de coagir as vítimas. Reacionário uma vez reacionário sempre..... Só pode tá querendo ser papa.

Anônimo disse...

Prezado Padre Luiz Couto
Deixe a Igreja falando sozinha. O Papa Bento´, desde o início da sua posse, vem se intrometendo em assuntos que não domina, como exemplo a saúde pública, fisiologia animal e humana, bioquímica, meio ambiente e outros, e, com isso está carregando toda a igreja e seus membros, cardeais, bispos enfim todos, para um descrédito total. Recentemente, o médico e autor de vários livros sobre medicina e saúde da mulher, o ginecologista Dr Elsimar Coutinho, enviou carta ao Papa, após algumas das suas declarações sobre o uso da camisinha, dizendo aproximadamente o seguinte recado: "Prezado Papa Bento, cuide da sua Igreja, que eu cuido da saúde da mulher".
Portanto, prezado Deputado e Padre Luiz Couto, continue exercendo sua função de Deputado e responda ao insignificante Bispo Dom Aldo que não se intrometa no seu mandato de Deputado que é de defender os anseios da população de forma geral e não o pensamento idiota, retrógrado, sem fundamento, da Igreja, insisto novamente DA IGREJA.

Anônimo disse...

Vou dedicar um pouco do meu tempo postando a minha opinião, certo de que não é só minha, apesar de haver a possibilidade de ser censurado uma vez que não é muito típico que alguém proponha opiniões contrárias sem que seja retalhado na nossa atual democratura. Eu já vivi esta experiência site de alguns jornais, mas mesmo assim, no intuito de informar, insisto.

No Direito Canônico o padre possui outras funções que não a da política, o que é muito saudável, haja vista os problemas que ocorreram no passado ao se entremear fé e política.

Por isso mesmo a Igreja é capaz de falar a respeito dos mais diversos temas sem se preocupar com dívidas políticas, patrocínios de empresas farmaceuticas, sistemas de saúde privados, indústrias, etc. diferentemente daqueles que possuem cargo eletivo, que defendem os interesses dos que os patrociraram. Todavia, deveriam defender os interesses do povo, seria mais coerente com o regime político que vivemos, a REPÚBLICA ("res publica").

A política é munus do leigo e não de um clérigo, portanto, ele deve estimular o povo, a ocupar cargo público, envolver-se com a política e fazer o bem, porém, não cabe a ele fazê-lo.

Assim como o funcionário público não deve advogar, e etc.

O padre que se elegeu a cargo público, como o presidente do Paraguai, estão suspensos de suas atividades eclesiasticas.

Como canonista, como advogado e como interessado em história, digo: é incompatível, como todos sabemos, a relação entre Clero e Estado, cada qual ocupe o seu papel e o desempenhe da melhor maneira possível.

Seria melhor que o referido padre abdicasse do estado clerical e se dedicasse, então, ao trabalho como deputado.

Atenciosamente,