segunda-feira, 14 de janeiro de 2008

MINISTÉRIO PÚBLICO DO CEARÁ ENTRE OS QUE ESTÃO GASTANDO EM DEMASIA NO PAÍS


"Radiografia elaborada pelo Conselho Nacional do Ministério Público (CNMP) com dados de 2007 aponta um alerta sobre a situação fiscal do Ministério Público em várias partes do país. Responsável pela fiscalização da regularidade dos gastos do contribuinte e do cumprimento da lei, a instituição tem encontrado, em vários estados, dificuldade para se adequar aos limites de despesas com pessoal definidos pela Lei de Responsabilidade Fiscal (LRF). Resultado: com o orçamento comprometido, procuradores-gerais de Justiça ficam impedidos de contratar mais promotores e servidores especializados para incrementar o trabalho. Criada para controlar o endividamento público, a LRF estabelece que os Ministérios Públicos só podem aplicar com pessoal o correspondente a 2% da arrecadação do estado. De acordo com o relatório do CNMP, já há casos de estouro dessa margem, como os do Amapá (2,26%) e da Paraíba (2,03%). No Ceará (1,95%), Mato Grosso (1,95%), Minas Gerais (1,95%), Pernambuco (1,90%), Piauí (1,90%), Rio Grande do Norte (1,92%) e Rondônia (1,96%), a situação também é crítica porque a relação dos gastos com a folha de pagamentos já se aproxima dos limites da Lei de Responsabilidade. No relatório, o CNMP demonstra preocupação com o cenário. "Estes dados mostram as graves dificuldades que passam os Ministérios Públicos dos estados brasileiros com relação ao comprometimento da Lei de Responsabilidade Fiscal", diz o CNMP. "No primeiro quadrimestre, muitos dos Ministérios Públicos estão acima do percentual ou, no mínimo, no limite de alerta ou prudencial", ressalta o relatório. A saída institucional para essa crise é uma Ação Direta de Inconstitucionalidade (Adin), protocolada pela Associação Nacional dos Membros do Ministério Público (Conamp) há mais de sete anos no Supremo Tribunal Federal (STF). A entidade questiona a imposição de limites estáticos para as despesas do MP nos estados, sob o argumento de que promotores têm autonomia política e financeira. Dessa forma, não poderiam ficar submetidos a um teto."

(Correio Braziliense)

4 comentários:

Anônimo disse...

A propósito: ainda existe nepotismo no Ministério Público do Ceará?

Johnson disse...

GASTAM MUITO E NADA FAZEM PELO POVO.

Anônimo disse...

Esse johnson não tem a menor idéia do que fala?

Vc sabe qnts ações civis públicas o MP moveu contra a Administração Pública, a favor da população?

Anônimo disse...

Venhamos e convenhamos, tem muita gente boa no ministerio publico. Mas também tem muita gente que gosta de um holofote e um flash. Até hoje, não vi o Ministério Público do Ceará se manifestar acerca da cobrança ilegal do ponto adicional em tv por assinatura. Não é o MP competente para atuar na defesa coletiva da sociedade? Em vários estados o ministério público já ingressou com uma ação com pedido de liminar para suspender a cobrança do ponto adicional. Será que algo a mais nesse silêncio do MP no que tange às tvs por assinatura no ceará?