Este Blog recebeu a seguinte denúncia do arquiteto José Sales Costa Filho e que precisa ter resposta inediata por parte das autoridades municipais. Confira:
Caro Eliomar de Lima,
Nas barbas da Secretaria do Meio Ambiente e Controle Urbano (Semam), que é a instância encarregada de zelar pelos espaços publicos em nossa cidade, a aproximadamente 100 metros da daquele órgão público, na esquina das ruas Ildefonso Albano e Fiúza da Ponte, está sendo construído um imenso muro invadindo o passeio público. No lado da rua Fiúza da Ponte, só restam da calçada original de dois metros de largura, uns 80 centimetros, pois o imenso muro tomou o resto. E os telefones da SEMAM estão "surdinhos e mudinhos da silva" nestes dias de Carnaval. Provavelmente todo mundo que é encarregado do plantão deve estar "curtindo" um lazerzinho em alguma praia.
Mais adiante, e no mesmo bairro da Aldeota, na confluencia da rua Joaquim Nabuco com avenida Santos Dumont, uma reforma do Cartório Alexandre Rolim foi iniciada no começo da noite, com demolições e descarga de material, sem respeito nenhum à Lei do Silêncio e, provavelmente, aproveitando a "folga de Carnaval".
Os telefones da Semam continuam "mudinhos da silva" nestes dias de Carnaval.
Com a palavra o responsável pelo órgão.
Cordialmente
José Sales Costa Filho.
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8 comentários:
Uma dúvida: por que o sr. arquiteto não fazia ácidas críticas às administrações de Juraci e/ou ligadas ao tucanato !? Por que só agora ele levanta sua voz !? Interesses contrariados, doutor !? Com todo o respeito... João Teles, professor
Caro anônimo,
Não tenho autorização pra atuar como defensor do arquiteto José Sales, mas ele tem razão em todas as críticas. Não é porque havia(?) irregularidades anteriores que os gestores atuais devem ser ainda mais negligentes e incompetentes. Sejamos menos emocionais e mais racionais, por favor.
Evandro Batista de Colares - Dionísio Torres
Meu caro João Teles. Não entendi. O sr. é a favor da construção de muros particulares sobres os passeios? Da minha parte, não participo da ocupação de calçadas, nem compactuo com a invasão de espaços em nossa cidade. Se vc se der ao trabalho de vasculhar os jornais e outros meios há registros de críticas sobre a gestão urbana de Fortaleza que remontam meados dos anos 90. Um dos mais completos dossiers neste tema foi o Inventário Ambiental de Fortaleza, hoje obrigatória consulta bibliográfica, feito entre 2002/2003, coordenado por mim. "Cheguei nesta praia", há algum tempo.
Consulte http://www.inventarioambientalfortaleza.blogspot.com/ Este blogspot existe há um tempinho e dedicado à discussão do meio ambiente e dos espa;os públicos em nossa cidade.
Cordialmente
Agradeço os apartes respeitosos.
João Teles
Falar e ou escrever sobre o que não se sabe, dá nisso.
Gostei das observações do arquiteto José Sales. São republicanas, inclusive, e servem de exemplo. Sem paixões.
De acordo com um relatório parcial da Defesa Civil foram registradas 40 ocorrências de alagamento e inundações na cidade, principalmente nas regionais VI e III. A situação mais séria foi na comunidade Che Guevara, em Cajazeiras, uma ocupação nas margens da BR- 116, que teve várias casas alagadas. Nas áreas próximas aos leitos dos rios também houve alagamentos. E uma árvore centenária caiu na avenida Abolição com rua José Lourenço. E a Prefeitura e nosso midiática Prefeita Luizianne Lins, já tomaram conhecimento destes fatos.
Não tenho dúvidas que daqui há 10 anos estaremos fazendo o balanço do dano que foi para o país o período Lula e para a cidade os governos da Luiziane. Do Lula o inventário negativo nao será tanto pelo que ele fez, mas pelo que deixou de fazer. Sobre o que fez: certíssima a universalização do Bolsa familia iniciada já como política de alívio social no período FHC. É uma política recomendada pelo Banco Mundial diante do fracasso do capitalismo e do mercado de assegurarem justiça social. Mas nao passa de política compensatória, nada mais que isso. Sobre o que deixou de fazer: não há um só plano, não há uma só ação que pavimente, estrategicamente, o futuro do país. Nao realizou a necessária revoluçao no ensino fundamental e médio, o que passaria pela escola de tempo integral (ou pelo menos educação de tempo integral, como têm os filhos das classes média e rica). Não tocou na propriedade privada, agrária e urbana: zero de reforma agrária e nadica de tocar na concentraçao da propriedade urbana que continua crescendo. Desenvolve projetos tímidos de infra-estrutura, como o da refinaria no Ceará, mas todos dentro da linha do crescimento econômico adotada pela ditadura militar: esses projetos aumentarão a riqueza, ou seja, o PIB, mas aumentarão também a concentraçao de renda e a desigualdade social, pois esses projetos jogarao mais recursos nas classes ricas e incorporarão mais a força de trabalho mais qualificada. Com relaçao à defesa dos direitos humanos sua atuaçao também foi pífia. Nao assumiu a condenaçao pública e explícita dos crimes cometidas pelo terrorista-mor George Bush. No Rio passeia e legitima (vide sua pasagem no sambódromo neste carnaval) com um governador assasssino de jovens pobres como é esse fascitóidizinho governador do Rio de Janeiro. Quanto à política, esta foi enterrada: não há mais política, os partidos transformaram-se em meros cartórios de clientela, os movimentos sociais morreram, pois foram transformados em ONGs, inclusive a CUT e a UNE; as ONGs viraram braços do Estado. Tudo isso vai custar caro ao país, ao seu futuro. Agora, apliquem-se essas observações, com as devidas adequações funcionais e espaciais, às duas gestões da Luiziane Lins, e se vai ter o mesmo quadro para o futuro: a cidade estará cheia de gargalos urbanos, ecológicos, espaciais e culturais. Todos os seus projetos sao imediatistas, nenhum estratégico, todos eleitoreiros, marketeiros, clientelistas. ASSIM SENDO, O ARQUITETO JOSÉ SALES ESTÁ COBERTO DE RAZÃO NO QUE TOCA SUA ÁREA DE CONHECIMENTO. EVILÁZIO RODRIGUES, geólogo.
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