"A Polícia de Itapajé, a 122 quilômetros de Fortaleza, está apurando através de inquérito policial, o furto de um aparelho de raio-x do hospital Ilda Ibiapina Bastos, ocorrido em janeiro passado. O hospital está desativado há 12 anos. A princípio, o furto causou grande alvoroço no município por conta da suspeita de que o equipamento poderia conter equipamento radioativo. Mas segundo Laércio Vinhas, diretor de Radioproteção e Segurança Nuclear, da Comissão Nacional de Energia Nuclear, o equipamento de raio-x roubado em Itapajé só poderia emitir radiação caso fosse ligado. “O equipamento de raio-x emite radiação quando tem uma energia aplicada a ela. É preciso seguir todos os procedimentos como em um consultório médico ou odontológico para o aparelho funcionar, sendo acompanhado de uma fonte e de um grande transformador, por exemplo”, afirma. Além disso, Vinhas explica que o equipamento de raio-x não funciona, emitindo radiação, por muito tempo. “Caso o aparelho de raio-x seja ligado, ele deve passar apenas alguns segundos em atividade. Caso contrário, queima”, avisa. De acordo com Vinhas, o aparelho de raio-x não é considerado um equipamento nuclear e não contém césio. Em 1987, na cidade de Goiânia (GO), o elemento químico foi encontrado dentro de um aparelho de radioterapia por um catador de lixo. O fato é considerado o segundo maior acidente radioativo, fora de usinas nucleares. “O césio é encontrado em um equipamento de radioterapia, não de raio-x.” Em Itapajé, o furto do aparelho, de acordo com o inspetor de Polícia ocorreu em setembro do ano passado, mas somente no dia 14 de janeiro deste ano, a Secretaria da Saúde do Município registrou um boletim de ocorrência (BO) sobre o furto. “Na época não explicaram que tipo de risco ou perigo as pessoas poderiam correr. Apenas relataram que vários objetos, entre eles, a ampola e um gerador haviam sido levados”, contou o inspetor. "
(Jornl O POVO)
sexta-feira, 20 de fevereiro de 2009
Assinar:
Postar comentários (Atom)
Um comentário:
Se o hospital está desativado há 12 anos,por que os equipamentos ainda se encontravam lá,quando poderiam estar sendo utilizados em outros hospitais,carentes de tais recursos?
Postar um comentário