sexta-feira, 27 de fevereiro de 2009

SENADO ENCERRA PRIMEIRO MÊS DE TRABALHO SEM NADA VOTAR

"O Senado encerrou nesta sexta-feira o primeiro mês de trabalho em 2009 com mais uma sessão de discursos. Neste mês de fevereiro isso foi tudo o que aconteceu no plenário da Casa, uma vez que nenhum projeto chegou a ser votado. A paralisia da Casa se deve principalmente à disputa política entre os partidos por cargos de comando das comissões temáticas da Casa. A expectativa dos líderes é resolver o assunto na próxima terça-feira (3), mesmo que não se consiga um acordo sobre o tema. Os trabalhos no Senado começaram no dia 2 de fevereiro com a eleição de José Sarney (PMDB-AP) para a Presidência. Naquela semana, a Casa se dedicou à composição dos cargos para a Mesa Diretora. Definido os senadores que irão comandar a Casa, no entanto, as votações em plenário não começaram porque teve início uma guerra nos bastidores pelo comando das comissões temáticas da Casa. As comissões são importantes porque é por onde passam os projetos antes de chegar ao plenário. Além disso, os colegiados têm autonomia para convocar ministros a dar explicações e fazer o acompanhamento de ações do governo. Neste mês, também as comissões não funcionaram, apesar de o regimento permitir a realização de sessões destes colegiados mesmo sem a escolha dos novos presidentes, cabendo ao senador mais velho comandar os trabalhos. As presidências destes órgãos devem ser divididas de acordo com a proporcionalidade entre as bancadas, mas o regimento do Senado permite candidaturas avulsas. O primeiro impasse sobre as comissões envolveu PSDB e PTB. Os tucanos reivindicavam a posição de presidente da Comissão de Relações Exteriores para Eduardo Azeredo (MG), enquanto o PTB queria a vaga para Fernando Collor (AL). Após semanas de negociações, o PSDB, que tem uma bancada de 13 senadores contra 7 do PTB, conseguiu apoio suficiente para uma eventual disputa no voto contra Collor. Sem perspectiva de vitória naquela disputa, o PTB decidiu migrar seu interesse para a comissão de Infraestrutura. Para este posto, o PT já havia indicado desde o início do ano Ideli Salvatti (SC). Os petebistas, porém, desejam agora acomodar Collor nesta cadeira. "

(Com Agências)