"A senadora Patrícia Saboya (PDT-CE), 46, é uma mulher ainda jovem. Todavia, já teve a oportunidade de presidir uma Comissão Parlamentar Mista de Inquérito e agora assume a quarta secretaria no Senado Federal, que é uma casa legislativa reconhecida por abrigar as maiores “raposas” do cenário político nacional. Disposta a impor um ritmo acelerado aos trabalhos da Casa Alta, a pedetista garante que entre as suas prioridades está a Reforma Política. Contudo, por trás desse interesse, esconde uma preocupação partidária, que é a prevenção com os efeitos negativos que a aprovação da matéria pode trazer para a sua sigla.“O PDT se reunirá para contestar um ponto do projeto em que partidos pequenos teriam dificuldades para se firmar. (...) Vou ser contra a Reforma Política que está aí”, enfatiza, sem medo de encarar uma briga com os “grandões” do Congresso Nacional.
AN - Para início de conversa, a senhora foi conduzida neste ano para a quarta secretaria da Mesa Diretora do Senado Federal. Quais são as expectativas a partir de agora?
PATRÍCIA - Ocupar a quarta secretaria é um privilégio muito grande, até porque eu e a Serys (Slhessarenko, PT-MT) somos as primeiras senadoras, as primeiras mulheres, a ocupar como titular um espaço na Mesa Diretora do Senado (Serys foi indicada à segunda vice-presidência). Em primeiro lugar, a secretaria é um espaço importante para as mulheres e, particularmente, uma conquista para o meu Estado. A quarta secretaria tem uma função de auxiliar nos trabalhos da Mesa. Mas, as próprias funções da secretaria não estão muito bem explicitadas. E, portanto, por determinação do presidente Sarney na primeira reunião que a Mesa Diretora teve, haverá uma revisão do regimento interno do Senado. O próprio Sarney acha que o regimento é muito centralizador na pessoa do presidente. Então, ele quer descentralizar ocupando as secretarias de mais atribuições. Logo, para mim e o meu partido, o PDT, que me indicou para ocupar esse espaço na Mesa Diretora, onde decisões importantes do Senado são ali votadas, debatidas e discutidas, é motivo de muita satisfação. Eu só tenho a agradecer a confiança da minha legenda por isso.
AN - Por pouco a senhora não perde a secretaria graças a um acordo entre o PR e o PMDB de José Sarney. Esse tipo de acordo - que consiste na troca de cargos pelo apoio político - deve ser rechaçado?
PATRÍCIA - Com certeza. Na verdade, nunca ouvi e não posso dizer do presidente Sarney nenhum compromisso que eu tenha assistido com o meu ou qualquer outro partido, porque como todo mundo sabe, o PDT caminhou com um outro candidato, que foi o Tião Viana (PT-AC). Fomos um dos primeiros partidos a colocar a posição da bancada como um todo, fechando questão em torno da candidatura do Tião Viana. Mas, todos sabemos que a composição de uma Mesa deve obedecer à proporção partidária. Por ter mais senadores do que o PR, o PDT tem o direito de ocupar a quarta secretaria. . A Mesa ganhou aquele presidente, mas deve ser composta por todos os partidos que tenham a representação e o número necessário de senadores para listar. E o que o PR alegava era que esse era o seu lugar em função de um acordo, uma negociação que havia sido feita antes da eleição. Nós não concordamos com isso. Hoje, conseguimos restabelecer nosso diálogo normal com os outros partidos.
AN - A senhora falou de uma medida interessante do Sarney, com relação a descentralizar o poder que tem o presidente do Senado. Só que o Brasil já conhece a forma dele trabalhar e foi muito colocado que seria um retrocesso tê-lo mais uma vez na presidência. Espera que haja um avanço com Sarney?
PATRÍCIA - Olha, desde o momento em que fez o primeiro discurso quando tomou posse, o presidente Sarney tem colocado que seus interesses políticos, de amizade ou partidários seriam esquecidos a partir daquele momento, não ocupando a instituição de qualquer compromisso pessoal. Sarney é um homem respeitado no Brasil que tem status para estar na frente do Senado. Eu e o meu partido consideramos a candidatura do senador Tião Viana mais adequada. Até porque vivemos um momento de mudança no mundo inteiro e ele tem a capacidade por ter a experiência em momentos difíceis, polêmicos, duros daquela Casa. Tião Viana conseguiu manter a postura de um presidente, de um homem sério. Mas, de forma alguma vamos torcer para que a presidência do Sarney dê errado. É o momento de unir e cobrar aquilo que estava na plataforma do Sarney, como a descentralização, a redução de gastos, trazer uma agenda realmente propositiva para o Senado, criar uma comissão que vai tratar de uma crise internacional, que está começando a fazer uma mini-reforma do nosso regimento."
* Da Agência Nordeste, leia mais aqui.
8 comentários:
A senadora toda vez que abre a boca posa de valentona, brigona e tudo. Vi recentemente ela unidazinha com o Cid Gomes que ela criticou na campanha municipal. Desse jeito, senadora, não dá pra gente acreditar no seu teatrinho.
Ninguém fala na 1a., 2a. ou 3a. secretaria do Senado. Entretanto, todo o Brasil já sabe que a senadora vai ocupar a 4a. secretaria. Está mais comentada do que o Barack Obama. Essa senadora, equivocadamente, acha que está com essa bola toda. Vôte!
É uma jovem velha que adquiriu todos os cacoetes oportunistas do ex-marido. Fazem, ambos, os maiores zig-zags na política e vêm com vômitos veborrágicos na tentativa de justificar o que praticam. Ela só faz política tendo uma única preocupação: como vai sair ganhando. Vejam que entre Tião Viana e Sarney ela fica com quem? Com ambos, claro. Ô politicagem nojenta! COMISSARIO DO SANTO OFICIO.
A quem a senadora Patrícia Saboya incomoda tanto?..
A quem a senadora Patrícia Saboya incomoda tanto?..
Nada como pirulito na boca da criança.Apoiou Tião Viana,ganhou o Sarney,e lá está ela,por conta de acordos espúrios,na mesa comandada pelo arcaico maranhense.Acender vela prá Deus,rezando com o Diabo,fica meio complicado,Senadora.
Aproveite o rsto do mandato caladinha.
É a mais forte candidata à prefeitura de Sobral. Será que ganha?
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