quarta-feira, 8 de agosto de 2007

QUEDA DE BRAÇO - CEARA STEEL CONTESTA ACUSAÇÕES DO IBS

"A assessoria do projeto Ceará Steel mandou comunicado oficial contestando as acusações de potencial uso de gás subsidiado do Instituto Brasileiro de Siderurgia (IBS). Hoje, o instituto concedeu entrevista sobre o tema, em sua sede no Rio. Na avaliação da Ceará Steel, as ações do instituto têm como objetivo "inviabilizar vultosos investimentos em região do território nacional nitidamente carente de desenvolvimento econômico, sem que se tenha qualquer indício de que exista a prática de subsídios". O comunicado assume um tom mais duro, ao classificar as ações perpetradas pelo IBS na Justiça como "injustas e prejudiciais ao próprio mercado e à livre concorrência, na medida em que se cria, ainda que por vias transversas, posição mais favorável aos acólitos do IBS que estariam, desde logo, livre de um concorrente".

Os representantes da Ceará Steel avaliam que o IBS não possui "legitimidade, como associação civil" para efetuar questionamentos sobre contratos firmados por empresas privadas e pelo Estado do Ceará. Além disso, no comunicado, a assessoria do empreendimento comentou que os atuais produtores siderúrgicos brasileiros, "quase em sua totalidade, receberam ou adquiriram em condições especiais usinas de fabricação de aço que custaram bilhões de dólares ao Brasil, além da realização de investimentos para aumento da capacidade produtiva, baseado exclusivamente em subsídios garantidos pelos governos federal, estadual e municipal para sua viabilização".

O empreendimento também acusa o IBS de buscar preservar "a manutenção de arraigados e odiosos privilégios obtidos pelos seus associados", e que a atitude do instituto "causa estranheza e apreensão". Hoje, o IBS convocou entrevista, em sua sede no Rio, para falar sobre as ações judiciais que o instituto moveu contra o empreendimento. O complexo Ceará Steel, demanda investimentos de US$ 830 milhões, e prevê produção de 1,5 milhão de toneladas de placas de aço ao ano. O projeto é uma parceria entre a coreana Dongkuk Steel; a italiana Danieli; e a Companhia Vale do Rio Doce.

(Agência Estado)

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