"Em entrevista publicada neste domingo pelo Il Giornale, o ministro de Exteriores italiano, Franco Frattini classifica o ministro da Justiça Tarso Genro, que concedeu o asilo político ao ex-terrorista Cesare Battisti, como um exemplo de político sul-americano ligado à esquerda radical.
Tarso é "o típico político sul-americano ligado às áreas mais radicais da esquerda, que vê em Battisti não um terrorista ou um assassino, mas um guerrilheiro da 'liberdade'", afirma Frattini na entrevista. "É uma lástima que (Tarso) faça tanto para não lembrar que Battisti atuava de modo criminoso em um país democrático. De qualquer forma, tenho a impressão de que nestes últimos dias o que ele mais faz é mais é se esquivar de sua decisão. Acho que se deu conta de que cometeu um erro", disse. Em 13 de janeiro, o governo brasileiro anunciou a decisão de não conceder a extradição de Battisti, à Itália, onde ele foi condenado à prisão perpétua por quatro homicídios. Ele aguarda em uma penitenciária de Brasília até ser posto em liberdade.
Esta decisão levou ao governo italiano a chamar para consultas seu embaixador no Brasil, Michele Valensise, à espera de que o Supremo Tribunal Federal (STF) se pronuncie sobre o status de refugiado político de Battisti, ex-membro do grupo Proletários Armados pelo Comunismo (PAC), braço das Brigadas Vermelhas.
Frattini afirma que, apesar de ter chamado a consultas a seu embaixador, a Itália sempre tentou manter as boas relações "históricas, políticas e econômicas" com o Brasil. "Mas também não pretendemos fingir que não há nada diante do que consideramos um grave erro cometido por 'uma parte' do governo brasileiro", diz o ministro italiano, em referência a Tarso Genro.
"Assim, por um lado queremos seguir sendo amigos, até porque, em 2009, temos a responsabilidade de liderar o G8 (...) Por outro lado, pretendemos usar todos os meios que nos possa levar à extradição de um criminoso, um assassino", acrescenta.
Frattini insiste no pedido de apoio que o ministro de Políticas Européias da Itália, Andrea Ronchi, fez à União Européia (UE) em carta publicada na quinta-feira no jornal italiano Corriere della Sera.
"Em sentido estritamente jurídico, se pode dizer correta a tese (do presidente) da Comissão (Européia, José Manuel Durão) Barroso sobre sua não-competência em intervir diante do pedido de Ronchi", afirma Frattini. "Mas, justo quando a União define os termos de um status de foragido válidos para os 27 (Estados-membros), pode se negar a definir uma postura sobre os assuntos que afetam os europeus frente a outros países?", se pergunta o ministro italiano.
Segundo ele, Bruxelas perdeu uma ocasião importante para se posicionar a respeito, já que isto mesmo pode acontecer com outros países, "como a Alemanha", no futuro. Na sexta-feira, Battisti reiterou sua alegação de inocência em carta e acusou quatro ex-comparsas do PAC, Giuseppe Memeo, Sante Fatone, Sebastiano Masala e Gabriele Grimaldi, pela autoria dos assassinatos que o deram prisão perpétua no julgamento na Itália. Em declarações hoje à imprensa italiana, Memeo e Masala dizem que eles já pagaram pelo que fizeram e que não tem nenhum sentido que Battisti volte a citar seus nomes agora."
(Agência EFE/Portal Terra)
Tarso é "o típico político sul-americano ligado às áreas mais radicais da esquerda, que vê em Battisti não um terrorista ou um assassino, mas um guerrilheiro da 'liberdade'", afirma Frattini na entrevista. "É uma lástima que (Tarso) faça tanto para não lembrar que Battisti atuava de modo criminoso em um país democrático. De qualquer forma, tenho a impressão de que nestes últimos dias o que ele mais faz é mais é se esquivar de sua decisão. Acho que se deu conta de que cometeu um erro", disse. Em 13 de janeiro, o governo brasileiro anunciou a decisão de não conceder a extradição de Battisti, à Itália, onde ele foi condenado à prisão perpétua por quatro homicídios. Ele aguarda em uma penitenciária de Brasília até ser posto em liberdade.
Esta decisão levou ao governo italiano a chamar para consultas seu embaixador no Brasil, Michele Valensise, à espera de que o Supremo Tribunal Federal (STF) se pronuncie sobre o status de refugiado político de Battisti, ex-membro do grupo Proletários Armados pelo Comunismo (PAC), braço das Brigadas Vermelhas.
Frattini afirma que, apesar de ter chamado a consultas a seu embaixador, a Itália sempre tentou manter as boas relações "históricas, políticas e econômicas" com o Brasil. "Mas também não pretendemos fingir que não há nada diante do que consideramos um grave erro cometido por 'uma parte' do governo brasileiro", diz o ministro italiano, em referência a Tarso Genro.
"Assim, por um lado queremos seguir sendo amigos, até porque, em 2009, temos a responsabilidade de liderar o G8 (...) Por outro lado, pretendemos usar todos os meios que nos possa levar à extradição de um criminoso, um assassino", acrescenta.
Frattini insiste no pedido de apoio que o ministro de Políticas Européias da Itália, Andrea Ronchi, fez à União Européia (UE) em carta publicada na quinta-feira no jornal italiano Corriere della Sera.
"Em sentido estritamente jurídico, se pode dizer correta a tese (do presidente) da Comissão (Européia, José Manuel Durão) Barroso sobre sua não-competência em intervir diante do pedido de Ronchi", afirma Frattini. "Mas, justo quando a União define os termos de um status de foragido válidos para os 27 (Estados-membros), pode se negar a definir uma postura sobre os assuntos que afetam os europeus frente a outros países?", se pergunta o ministro italiano.
Segundo ele, Bruxelas perdeu uma ocasião importante para se posicionar a respeito, já que isto mesmo pode acontecer com outros países, "como a Alemanha", no futuro. Na sexta-feira, Battisti reiterou sua alegação de inocência em carta e acusou quatro ex-comparsas do PAC, Giuseppe Memeo, Sante Fatone, Sebastiano Masala e Gabriele Grimaldi, pela autoria dos assassinatos que o deram prisão perpétua no julgamento na Itália. Em declarações hoje à imprensa italiana, Memeo e Masala dizem que eles já pagaram pelo que fizeram e que não tem nenhum sentido que Battisti volte a citar seus nomes agora."
(Agência EFE/Portal Terra)
4 comentários:
Tatuí,01 de fevereiro de 2009. No caso Battisti, a relação UE-União Européia, tem os direitos, mas acho que "ULA"-União Latino Americana é que tem que entrar em reunião como no congresso e resolver as questões que envolvem os Paises entreligados da América em questões da soberania...
A União Latina Américana-"ULA", tem que se unir e decidir as questões relacionadas com a América, onde todos nós somos pressionados, por questões que ocorreram a bastante tempo e por isto hoje todos pagamos o preço pelos governos passados onde houveram ações impensadas que levaram a muitos por caminhos sinuosos...
A colonia Italiana brasileira nas relações que competem a "UE". Tem que haver também "ULA" União Latina Americana, de todos os representantes dos paises da América, pois estamos tratamento uma decisão que envolvem um seguimento com uma complexidade muito grande, para decidirmos lateralmente sozinhos, muitos questões são necessárias repensarmos...
Ô LOCO, agora tem mais essa tal de ULA??? Ô pessoal pra gostar de ajuntamento, principalmente aqueles que não dizem nada, não fazem nada e não têm interesse por nada. Como deve ser esta tal de ULA - ULA-LULA... acho que caberia mais a sigla NULA, né? Não servem pra nada mesmo...
Segundo diz o(a) cumpanheiro(a), esta estrovenga vai "resolver questões que envolvem os Países entreligados da América". ENTREligados? Quediabeisso?
Ai, ai... O picadinho que esses três comentários (devem ser do mesmo autor) fazem da língua portuguesa é de doer.
Postar um comentário