"Entre os anos de 2006 e 2007, o número de acidentes de trabalho no Ceará cresceu 38,1%, segundo dados do Ministério da Previdência Social. Em 2006, o Estado registrou 5.965 acidentes de trabalho. Em 2007, o número de ocorrências saltou para 8.241. O percentual foi superior ao registrado no País, no mesmo período: 27,4%. Em 2006, ocorreram no Brasil 512.232 acidentes de trabalho, número que chegou a 653.090 no ano seguinte. Para alertar a sociedade para a gravidade deste problema, uma solenidade no Instituto Dr. José Frota (IJF) marcará, na próxima terça-feira, a partir das 9 horas, o Dia Mundial de Saúde e Segurança no Trabalho. O evento será aberto com um ato em memória às vítimas de acidentes de trabalho. Em seguida, o procurador do Trabalho Carlos Leonardo Holanda Silva (titular no Ministério Público do Trabalho no Ceará da Coordenadoria Nacional de Defesa do Meio Ambiente de Trabalho-Codemat) e representantes do IJF, da Superintendência Regional do Trabalho e Emprego (SRTE) e da Previdência Social vão falar sobre o cenário dos acidentes e doenças relacionadas ao trabalho no Ceará, desafios e perspectivas. A mesa-redonda será coordenada pela Secretaria de Saúde do Estado. A iniciativa tem como objetivos sensibilizar e informar sobre a notificação de acidentes e doenças relacionadas ao trabalho na rede SUS, difundir a estratégia da Rede Nacional de Atenção Integral à Saúde do Trabalhador (Renast), do Ministério da Saúde, para implantar a Rede Sentinela em Saúde do Trabalhador no País e, especificamente, no Ceará, além de discutir políticas de saúde e segurança no trabalho no Estado.
Carlos Leonardo ressalta que os acidentes de trabalho e as doenças relacionadas ao trabalho provocam impactos sociais, econômicos e na saúde pública. "Além dos milhares de casos que resultam em morte de trabalhadores, outros milhares são afastados anualmente de suas atividades, temporária ou definitivamente", observa. Ele menciona que, em 2006, o Instituto Nacional de Seguridade Social (INSS) desembolsou mais de R$ 10,5 bilhões em benefícios devido a acidentes e doenças do trabalho e em aposentadorias especiais decorrentes das condições ambientais de trabalho. Os dados oficiais da Previdência apontam que, somados os gastos com o custo operacional do INSS e as despesas na área da saúde e afins, o custo atinge mais de R$ 39 bilhões."
(Site do MPT)
sexta-feira, 24 de abril de 2009
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