Em seu artigo neste sábado, no O POVO, o professor Antônio Mourão Cavalcante faz uma espécie de desabafo, já não aguentando mais tanta onda de escândalos no País. Será que você também está se sentindo assim? Ou isso tudo é mais do que necessário, naquela do passar a limpo o País? Confira:
"As denúncias continuam insistentes. Todos os dias as manchetes fazem referência a novos escândalos. Não suportamos mais. Há um profundo mal-estar. Para quem apelar? Essa situação não acontece de agora. Os donos do poder assim traficam desde os primórdios da nossa História. Agora, as denúncias tomam curso e chegam ao domínio popular. Tomamos conhecimento. As acusações ganham curso. O exercício da política torna-se mais transparente. Levanta-se o tapete. Por exemplo, um senador é eleito para representar o povo de um determinado estado. Defender os interesses da nação e os projetos que tenham a ver com a sua região. Então, para que tantos assessores? Tanta mordomia, tantos privilégios? Agem como perdulários da coisa pública. Nem a riqueza pessoal eles tratam dessa forma. Exploram porque é coisa pública. Sem parcimônia. Sem respeito. A novidade é que estamos de saco cheio. Não agüentamos mais tanta safadeza. Urge que se corte a própria carne. O Brasil é hoje um país maior do que a sua classe política. Dir-se-á que foram eleitos e escolhidos pelo povo. É verdade. Mas ninguém os elegeu para promoverem tamanhas falcatruas. O povo foi ludibriado. Aviltado em suas crenças, que aquelas promessas feitas seriam cumpridas. Tememos um exemplo. Quem esperava um Inácio Arruda, como senador, totalmente apagado, defendendo e votando coisas que sua própria consciência, com certeza, não pode admitir? Foi o povo quem errou? Ele era respaldado por uma longa história de lutas e coragem. O que foi feito do ser político? Diante dessa situação não devemos esmorecer. Estamos avançando. Essa intolerância crescente, esse profundo mal-estar são evidências que isso não pode continuar. Teremos uma grande chance de acertar as contas. O dia já está marcado: 4 de outubro do próximo ano. Vamos passar uma vassoura nesses que traíram nossas esperanças. É bom que eles saibam: o jogo agora vai ser mais duro!"
ANTONIO MOURÃO CAVALCANTE
Médico e antropólogo Professor universitário
a_mourao@hotmail.com
sábado, 18 de abril de 2009
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7 comentários:
Engraçado. Comecei a ler o artigo e, à proporção que ia se aproximando do fim, aumentava a minha expectativa de que o professor ia se referir aos R$500.000,00 do Senado que o Sen. Tasso Jereissati utilizou para alugar jatinhos em seus deslocamentos. Então, no fim vem a suspresa: depois de discorrer sobre escândalos, uso indevido de dinheiro, etc. o professor fala das votações do Sen. Inácio Arruda como justificativa para que escolhamos melhor os parlamentares. Vôte!
Balela do Prof. Mourão. O povo vai continuar votando nos mesmos políticos.E o que é pior, votando com mais intensidade. Quanto mais corrupto, mais votos tem neste País de meu Deus. Quanto mais história de incompetência mais ganha eleição.Veja o caso das últimas eleições de Fortaleza. Quem é que foi eleito vereador? Os melhores candidatos sei que não foi. Verifique na relação de candidatos não eleitos, que você encontrará nomes que poderiam elevar o padrão da Câmara Municipal de Fortaleza. Bons nomes ficaram chupando o dedo. Enquanto outros....
Entendo que grevistas e manifestantes se iludissem esperando bom desempenho do senador.
O que não entendo é um professor se iludir com um politico que sempre teve desempenho pífio nos cargos publicos que exerceu.
Os mais antigos utilizavam a expressão "São Jorge de Cabaré" para apontar personagens que presenciavam de cima toda a folia do lupanar, mas não saiam da sala nem atiravam a lança nos pecadores.
Todas as vezes que Mourão desce da cátedra para sentenciar, não sei porque me vem a metáfora popular. Vive aí falando, mas nunca se arrisca a denunciar ninguém, é tudo no genérico.
Sábio é Fausto Nilo: "o pensamento pranteia, porque só pensa, não faz". Se toca Mourão, tu és aquele São Jorge. Ou desce ou sai de cima...
Doutor, e a violência de Maracanaú? Não mudou !!!
Zé
O professor Mourao poderia começar a faxina ética com ele mesmo. Seus alunos de Medicina esperam que o professor falte menos às aulas (cabe aqui a pergunta: quando ele falta, a universidade desconta de seu salário ou ele ém obrigado a repor as aulas?) e chegue menos vezes atrasado às aulas. E aí professor? Aluno da Faculdade de Medicina da UFC.
Besteira. O Prof. Mourão citou o Inácio como eterno votante de matérias contra a população. Mas poderia ter também citado como emissor de passagens para terceiros, da mesma forma que os outros. Isto desde que era Deputado. Não tem jeito .....
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