Das Antigas - Eduardo Suplicy, Lula e FHC
E sobre Lula abrir para privatizações na área das rodovias, vale a pena a leitura do Editorial da Folha de São Paulo desta quarta-feira:
"HÁ CERCA de um ano, em pleno segundo turno da disputa presidencial, a campanha petista se preocupava em eximir-se de quaisquer intenções privatistas. Lançava toda a carga dessas políticas contra a chapa de Geraldo Alckmin. A estratégia eleitoral deu certo, mas escondeu a verdade.
Ontem a segunda gestão Luiz Inácio Lula da Silva privatizou 2.600 km de rodovias federais. Concedeu a empresas o direito de explorar 36 postos de pedágio em vias importantes como a Fernão Dias (que conecta São Paulo a Belo Horizonte) e a Régis Bittencourt (São Paulo-Curitiba).
Em troca, os vencedores do leilão terão de realizar nos próximos 25 anos, o prazo das concessões, investimentos estimados em R$ 20 bilhões. Entram na conta gastos com instalação e manutenção de asfalto e de dispositivos de segurança, bem como melhorias como a duplicação de alguns trechos e a construção de trevos e passarelas.
Em troca, os vencedores do leilão terão de realizar nos próximos 25 anos, o prazo das concessões, investimentos estimados em R$ 20 bilhões. Entram na conta gastos com instalação e manutenção de asfalto e de dispositivos de segurança, bem como melhorias como a duplicação de alguns trechos e a construção de trevos e passarelas.
Deixadas ao poder público, tais tarefas não seriam realizadas. Importantes artérias viárias do país continuariam entregues à deterioração e à insegurança. Os sete trechos leiloados na Bovespa receberam de janeiro a agosto R$ 10 mil do governo federal.
A privatização de rodovias de grande fluxo parte de um princípio de justiça: o usuário, e não o conjunto dos contribuintes, é quem custeia a manutenção e as melhorias. O sucesso do modelo é incontestável. Na sua mais recente pesquisa sobre a malha viária nacional, a Confederação Nacional dos Transportes considerou "totalmente perfeito" o pavimento de 86% das estradas privatizadas, contra 46% no caso das geridas pelo Estado.
Se o governo Lula acabou praticando a privatização que condenou na campanha, é fato que a resistência ideológica do petismo nostálgico conseguiu retardar o processo de concessões à iniciativa privada no país. Estradas como a Fernão Dias e a Régis Bittencourt deveriam ter sido privatizadas há muitos anos. Sob leilão, neste momento, deveriam estar os principais portos e aeroportos do país."
6 comentários:
Tudo bem, Sr.Eliomar. Agora, como se explica que no trecho S.Paulo/Santos (70 km), privatizada pelos tucanos, o usuário pague um pedágio de R$14,00, enquanto no trecho B.Horizonte/S.Paulo (520 km), ontem privatizada, o pedágio será de R$7,92, quase a metade? Ah! se fosse o contrário, hein? O que a imprensa já não estaria especulando!
Flash 1 - Eliomar!. - Essa oratória caduca e ultrapassada daqueles que acusam o PT e o Lula é claro, de dizer que no passado eles condenavam a CMPF e as privatizações, isso já não pega mais e vai continuar porque é o jogo da boa política e ninguém muda. – Façanha de Fortaleza - Brasil
Flash 2 – Se o governo Lula não recupera as estradas não falta os escudeiros de plantão da oposição para dizer: as estradas estão no mais completo abandono, uma vergonha, embora todo mundo sabe que não foi o Lula o pai desse descalabro das estradas. (só pra lembrar a essa resposta quem pode melhor dar são as responsáveis pelas administrações passadas) – Façanha de Fortaleza - Brasil
Flash 3 – Se governo começa a recuperar as estradas brasileiras, lá vem os escudeiros de plantão da posição dizendo, no passado o PT e o Lula eram contra. O país hoje não é mas, aquele da época em que de chapéu na mão cantava para o Dragão do FMI, aquele refrãozinho conhecdo do ”Me dá um dinheiro aí”. Refrão: - Hei FMI, / Me dá um dinheiro aí / Me dá um dinheiro aí. Façanha de Fortaleza - Brasil
Não causa nenhuma surpresa essas privatizações pelo governo petista que segue à risca a política econômica de seu antecessor. Só acreditou nessa lorota de campanha quem era mal informado. O pior de tudo é que além de pagarmos a CIDE e o IPVA ainda vamos arcar com o pedágio, que é bastante caro. Curitiba vai virar uma cidade sitiada pela ganância dessas operadoras. Atualmente para ir ao litoral o curitibano já paga mais de R$ 20,00 (vinte reais) ida e volta pela BR 277. Se o contribuinte deseja ir a Foz do Iguaçu a mordida é violenta. Não sou contrário a nenhum tipo de privatização. Meu repúdio é pagar pelo mesmo serviço mais de uma vez.
Quem conhece o país sabe que esses trechos ora privatizados são os mais bem cuidados e mais rentáveis. Por que não estender esses mesmos serviços ao restante do país onde as estradas estão iguais a tábuas de pirulito? Dessa forma teremos cada vez mais uma separação entre o norte e o sul.
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