domingo, 23 de dezembro de 2007

FORTALEZA VIVEU UM SÁBADO DE ARRASTÕES ÀS VÉSPERAS DO NATAL

O fortalezense viveu um sábado de terror durante compras natalinas no Centro e em pontos como a avenida Monsenhor Tabosa e o entorno do North Shopping. Grupos de adolescentes promoveram arrastões, onde não dispensaram quebrar lojas como a Casa Pio (Praça do Ferreira) e promover todo tipo de vandalismo, desafiando a Polícia que pareceu ineficiente para o combate. O pânico se instalou na área do Centro, com várias pessoas correndo atordoadas, sob disparos de revólver e cenas de violência.
Vândalos aproveitarm para atacar quem fazia compras, não dispensan do levar não somente dinheiro, documentos e presentes, mas também celulares, relógios e outros pertences. O superintendente da Polícia Civil, Luis Carlos Dantas, esteve em vários pontos do Centro, mas a ação dos adolescentes, emsau maioria, já havia sido praticada. Foi durante a tarde, o que se estendeu pela avenida Monsenhor Tabosa, onde turistas foram o alvo preferido.
Ninguém foi preso.
Em meio a correria, uma mulher de 52 anos, com problemas cardíacos, morreu no interior da loja Big Jeans da rua General Sampaio, onde buscou abrigo para se proteger. A vítima foi identificada como Lucileide Ferreira Maciel. Funcionários da loja disseram que a mulher já entrou no local passando mal. Em todas as ruas entre o quadrilátero da Praça José de Alencar e a Praça do Ferreira, eram vistas cenas de gente correndo para todos os lados. Assustadas, as pessoas choravam apavoradas, e, a todo custo, tentavam apanhar táxi ou ônibus para sair da área. Durante o tumulto, diversas viaturas policiais passaram a circular pelo Centro, buscando localizar os bandidos. Um policial militar, que não quis se identificar, informou que todo o pavor teve início quando cinco homens armados passaram a praticar assaltos na feirinha popular da praça José de Alencar, ponto que aos sábados normalmente já concentra diversos vendedores de confecções e calçados. Com a proximidade do período de festas, o movimento de ambulantes e clientes estava intenso quando a correria começou. O pânico logo se espalhou pela região do Beco da Poeira e pelas lojas das ruas Guilherme Rocha, Liberato Barroso, galerias Pedro Jorge e Professor Brandão, ruas General Sampaio, Senador Pompeu, Barão do Rio Branco, Major Facundo, Floriano Peixoto e outras próximas, chegando a outras áreas. Alguns funcionários relatavam à imprensa terem ouvido tiros. A notícia do arrastão também se espalhou entre os clientes do Mercado Central. A onda de pânico fez com que muitas crianças se perdessem dos pais, causando ainda mais desespero entre os adultos. Desmaios foram situações freqüentes dentro dos comércios. Funcionário de uma loja de calçados, João Roberto Alves, teve que acompanhar uma cliente que chorava nervosamente. Por vários minutos, ele tentou parar um táxi para ela, mas todos que passavam já estavam ocupados e não atendiam o pedido.
A Polícia investiga se os arrastões seriam uma reação de grupos organizados contra o Programa Ronda do Quarteirão que será apresentado durante desfile pela orla marítima, com carros e motos neste domingo.

2 comentários:

José Sales disse...

É a Ronda de Quarteirão programando desfile na Beira Mar e a bandidagem transformando os principais setores comerciais da cidade em campo de guerra. Interessante é que todo mundo sabe, desde o mais leigo ao mais versado, que toda concentração de pessoas nesta cidade está sujeita ao "fenomeno arrastão". Só quem não sabe é cúpula da Polícia Militar, que deveria ter programado uma Operação de Natal, como todos os anos tem havido, em vez de ficar pensando unicamente no "desfile de domingo" da Ronda de Quarteirão. Hoje domingo, provavelmente os arrastões vão continuar nos mesmos lugares e outros mais, pois a bandidagem está se sentido totalmente impune.

José Sales disse...

O mais incrível deste conjunto de situações é que absolutamente nada saiu na imprensa. As notícias dos arrastões corriam em toda cidade, no boca a boca e única instituição que parecia não saber de nada é a Polícia Militar. Perguntas estão no ar. O Serviço Reservado da Polícia Militar não tinha nenhuma informação sobre estes movimentos da quadrilhas organizadas? A cúpula da Polícia minimizou estes ataques? Porque não foi montada a tradicional Operação Natal? O desfile da Ronda de Quarteirão "ofuscou" as outras ações da Poícia Militar? A Operação Natal vai ser ativida, nestes dois dias que ainda faltam para o Natal? A Ronda de Quarteirão em suas ações está integrada ao CIOPS ou não? Ou tudo vai continuar em brancas nuvens?