O professor e arquiteto José Sales coenta, em artigo no Blog, o caso do Metrofor que vai desativar linha Pacatuba-Fortaleza, a partir do dia 3, deixando passageiros no Terminal de Parangaba. Confira:
Caro Eliomar de Lima,
A cada dia somos supreeendidos por notícias que nos deixam totalmente perplexos. Esta reportagem de hoje do Jornal O POVO em que a Diretoria do METROFOR, a menos de dez dias de paralisar o sistema de transporte metropolitano, ainda não decidiu a maneira de minimizar problemas dos milhares de passageiros da linha e aos usuários do entorno da estação da Parangaba, expõe uma verdadeira bomba relógio para o o sistema de transporte metropolitano.
Pelo visto, a diretoria do Metrofor/Companhia Metropolitana de Transportes Públicos do Estado do Ceará, ainda não entendeu, mesmo depois de todos estes anos de sua existencia, que foi criada para oferecer transporte público de qualidade ao usuário metropolitano, como o próprio nome indica e não unicamente administrar o "elefante branco" em que se transformou a interminável obra de infraestrutura urbana que se autodesigna como METROFOR.
"Inventar planfeto" para orientar o usuário em como não utilizar mais este sistema de transportes até que se finalize, em algum dia ou quem sabe no fim do próximo ano, como se promete, as obras de implantação de um novo sistema, é uma piada de muito mau gosto ou até uma declaração de inapetencia gerencial para quem propaga que no futuro administrará a solução de transporte metropolitano para pelo menos 485 mil pessoas. Em qualquer lugar do mundo, os sistemas são substituídos ou modernizados, sem prejuízo ao usuário, pois são criados para o benefício dos mesmos. Isto acontece desde o começo do Século XIX e é ensinado em todos os cursos de Planejamento Urbano e Engenharia de Transportes.
A cada dia somos supreeendidos por notícias que nos deixam totalmente perplexos. Esta reportagem de hoje do Jornal O POVO em que a Diretoria do METROFOR, a menos de dez dias de paralisar o sistema de transporte metropolitano, ainda não decidiu a maneira de minimizar problemas dos milhares de passageiros da linha e aos usuários do entorno da estação da Parangaba, expõe uma verdadeira bomba relógio para o o sistema de transporte metropolitano.
Pelo visto, a diretoria do Metrofor/Companhia Metropolitana de Transportes Públicos do Estado do Ceará, ainda não entendeu, mesmo depois de todos estes anos de sua existencia, que foi criada para oferecer transporte público de qualidade ao usuário metropolitano, como o próprio nome indica e não unicamente administrar o "elefante branco" em que se transformou a interminável obra de infraestrutura urbana que se autodesigna como METROFOR.
"Inventar planfeto" para orientar o usuário em como não utilizar mais este sistema de transportes até que se finalize, em algum dia ou quem sabe no fim do próximo ano, como se promete, as obras de implantação de um novo sistema, é uma piada de muito mau gosto ou até uma declaração de inapetencia gerencial para quem propaga que no futuro administrará a solução de transporte metropolitano para pelo menos 485 mil pessoas. Em qualquer lugar do mundo, os sistemas são substituídos ou modernizados, sem prejuízo ao usuário, pois são criados para o benefício dos mesmos. Isto acontece desde o começo do Século XIX e é ensinado em todos os cursos de Planejamento Urbano e Engenharia de Transportes.
O original sistema de trens de passageiros de subúrbio de Fortaleza que no futuro se transformará em Sistema METROFOR, tem esta concepção de origem. É só dá uma olhada no Estudos de 1985, que as recomendações estão lá. E afinal de contas, creio que ainda estamos no mundo.
E tem mais: em 1998, há 11 anos atrás, quando uma equipe técnica do Metro Lisboa, um dos melhores sistemas da Europa, com o concurso de técnicos locais, elaborou a pedido do Governo do Estado do Ceará os "Estudos de Impacto de Implantação de Sistema METROFOR" lá já se apontava que este era o maior desafio a ser enfrentado pela Companhia: como implantar um novo sistema sem prejudicar em nenhum momento o usuário metropolitano, usuário do sistema antigo.
E tem mais: em 1998, há 11 anos atrás, quando uma equipe técnica do Metro Lisboa, um dos melhores sistemas da Europa, com o concurso de técnicos locais, elaborou a pedido do Governo do Estado do Ceará os "Estudos de Impacto de Implantação de Sistema METROFOR" lá já se apontava que este era o maior desafio a ser enfrentado pela Companhia: como implantar um novo sistema sem prejudicar em nenhum momento o usuário metropolitano, usuário do sistema antigo.
Ou não se leu o relatório direito ou se leu e não se entendeu patavinas. O senhor governador do Estado, Cid Gomes, deveria chamar toda a Diretoria do Metrofor para uma conversa séria.
José Sales
José Sales
Professor e Arquiteto.
4 comentários:
Que tal o ex-vereador Márcio Lopes para resolver o problema?
Eles não andam de trem nem de ônibus. Sequer sabem o que se passa nos terminais. Por que se preocupar? O povo que se trate de se adequar a mais uma afronta ao seu direito de locomoção.
se em 1999 quando o metrofor iniciou a construção do trecho subterrâneo a população de Fortaleza tivesse acompanhado tudo de perto hoje o subterraneo já estaria terminado e o metrô já estaria funcionando. deixaram eles fazerem que jeito que queriam, agora teremos que pagar caro o preço da nossa omissão. mas o motivo da paralisação é outro. e bem mais grave que muitos pensam. o governador Cid Gomes sabe disso mas prefere sacrificar não só a população de maracanaú mas também a população de fortaleza.
Excelente texto do prof. José Sales, como sempre. É inaceitável que o Metrofor jogue os usuários na Parangaba desta forma. Será que eles já pensaram em como os usuários vão ao Centro de lá? E como vão pagar esta tarifa?
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