"R$ 341 milhões. Esse deverá ser o tamanho do corte no Orçamento de Prefeitura de Fortaleza para adequar as contas do Município às quedas na arrecadação de impostos e nas transferências de verbas do Governo Federal, decorrentes da crise econômica. A decisão foi anunciada ao O POVO pelo secretário de Finanças do Município, Alexandre Cialdini. “A Prefeitura precisa fazer um exercício para enxugar o custeio”, disse o secretário, após informar o corte de 10% nas receitas previstas para 2009, que eram da ordem de R$ 3,41 bilhões. A linha do corte prevista pelo setor de arrecadação da Capital é praticamente a mesma registrada em perdas com o Fundo de Participação dos Municípios (FPM): menos 10,67%, de acordo com Cialdini. De janeiro a março de 2008, Fortaleza recebeu um total de R$ 135 milhões com o repasse. Esse valor caiu para R$ 120 milhões no primeiro trimestre de 2009. O encolhimento do FPM está sendo usado como principal argumento por prefeitos de todo o País para justificar o arrocho financeiro. No mesmo período dos três primeiros meses do ano também houve decréscimo da cota-parte do Imposto sobre Circulação de Mercadoria e Serviços (ICMS) a que Fortaleza tem direito. No intervalo de tempo, esse tipo de arrecadação passou de R$ 115,152 milhões para R$ 109,01 milhões, ou R$ 5,33 milhões a menos. Para o secretário, o corte que está sendo estudado pela gestão Luizianne Lins no orçamento representa, na prática, o tamanho do impacto da crise econômica nas contas públicas que, segundo ele, só agora pode ser avaliado. "Todos nós fizemos a projeção-base em setembro de 2008", afirma ele, referindo-se ao período anterior ao desembarque do solavanco financeiro ao Brasil. A necessidade de se diminuir as despesas da máquina pública municipal já havia sido destacada pelo titular da Secretaria de Finanças no último dia 20 de março, em reunião com todo o secretariado. Na ocasião, ele informou que um grupo de trabalho - formado por representante das Secretarias de Finanças e Planejamento, além de membros do Gabinete - já estaria estudando um replanejamento orçamentário para o ano corrente, sem, contudo, delimitar quanto a Prefeitura teria de economizar nas despesas. Segundo Alexandre Cialdini, o corte de R$ 341 milhões no custeio da máquina será necessário para manter os investimentos previstos para esse ano, que incluem, por exemplo, a construção do Hospital da Mulher - que deverá ter sua primeira etapa inaugurada no final de maio - e dos Centros Urbanos de Cultura, Arte, Ciência e Esporte (Cucas). Para isso, alguns setores terão de ser afetados, como os de terceirização e transportes. Entretanto, ainda de acordo com o secretário, um quadro mais nítido dos cortes só será possível depois que a realidade financeira de cada órgão e secretaria for analisada."
(Jornal O POVO)
2 comentários:
Professor Cialdini, o que ainda estás fazendo aí, homem de Deus? Abandone este barco furado. Já viu que não querem que você trabalhe direito. Se estivessem preocupados com a cidade (falo da Digníssima Prefeita) já teriam apoiado seus projetos (plano, reforma, concurso etc.).
Vai ser simples cortar... A administração não faz nada mesmo. Sem obra não precia de dinheiro
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