ACREDITE: SECRETÁRIO DA SAÚDE DO CEARÁ DIZ QUE NÃO HÁ RISCO DE COLAPSO

"Apesar de admitir que a crise no Ceará é grave, o secretário da Saúde do Estado, João Ananias, não acredita que o sistema de saúde possa entrar em colapso, a exemplo do que acontece em Alagoas. "Não vejo esse risco de colapso. Nós vivemos uma crise sistêmica muito grande, mas não estamos parados como em outros estados", diz. Em entrevista coletiva na manhã de ontem, o secretário disse que o momento é de "unir forças" para tentar amenizar a situação. "Estamos unindo todos os hospitais do Estado, da Prefeitura e as 31 unidades pólo do Interior. Vamos criar uma coordenação única", afirma. Segundo o secretário, a principal estratégia da comissão para desafogar os hospitais de Fortaleza será a criação de um contrato por metas com os hospitais pólo do Interior. "Vamos estabelecer metas para esses hospitais. Não é justo que eu mande um doente para Fortaleza se a situação dele pode ser resolvida lá mesmo. Precisamos enxugar as emergências dos hospitais da Capital", afirma Ananias. Quem desobedecer às determinações da comissão, diz ele, poderá sofrer sanções administrativas. "Vamos estabelecer alguns critérios ainda".

FILA DA CIRURGIA

A crise da saúde na Capital não está ocorrendo apenas no setor de emergência. Atualmente, os quatro maiores hospitais estaduais de Fortaleza têm mais de 6,1 mil pessoas cadastradas na fila por uma cirurgia eletiva. Segundo a Secretaria da Saúde do Estado (Sesa), o Hospital Geral de Fortaleza (HGF) puxa a fila de espera, com 4.111 mil pacientes. Em seguida, aparecem o Hospital Geral Dr. César Cals (1.650), o Albert Sabin (325) e o Hospital de Messejana, com 78 pessoas na fila. "É um número muito alto. Tem gente esperando há três anos por uma cirurgia", afirma o secretário João Ananias. "

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