segunda-feira, 21 de janeiro de 2008

CEARÁ TEM NÚMERO DIVERGENTE DE HOMICÍDIOS

Elias, Wilton e Talita. Respectivamente, servente, estudante e empregada doméstica. Os três foram assassinados em 2007, em Fortaleza, em diferentes pontos da cidade: o primeiro, na Vila Manuel Sátiro; o segundo, nas Goiabeiras; e o terceiro, na Praia do Futuro. Famílias e amigos das vítimas choraram a perda em meio à violência que assusta a Região Metropolitana. Os três mortos, no entanto, podem não constar na estatística oficial da Secretaria da Segurança Pública e Defesa Social do Ceará (SSPDS) de homicídios que aconteceram no ano passado, elaborada pela Coordenadoria Integrada de Operações Policiais (Ciops).
Os dados da Secretaria não levam em conta 329 casos de assassinatos. De acordo com os números da Ciops, aconteceram 987 homicídios nos 14 municípios da Região Metropolitana de Fortaleza no ano passado. No entanto, dados do Instituto Médico Legal (IML) da Capital cearense, cujas guias cadavéricas são disponibilizadas no próprio site da SSPDS, apontam 1.316 mortes. Distorção que mostra que o retrato da violência é bem maior do que se imagina.
Durante três semanas, O POVO contabilizou a lista de assassinatos registrados no ano passado pelo IML. Na metodologia utilizada pelo jornal, numa análise em cada documento, foram excluídas as mortes que aconteceram fora da Região Metropolitana. Além disso, ficaram fora nomes repetidos e homicídios que ocorreram ainda em 2006 e que os corpos deram entrada no IML nos primeiros dias de 2007. Com isso, chegou-se a número de assassinatos 33,3% maior que a estatística da Ciops, historicamente utilizada e divulgada como oficial pela Polícia Civil e a SSPDS.

(Rafael Luís, do Jornal O POVO)

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