CEARÁ PERDE POSTOS DE TRABALHO

"Os dados do Cadastro Geral de Empregados e Desempregados (Caged) para o mês de abril, divulgados ontem, não são muito animadores para o Ceará. O saldo de postos de trabalho criados teve queda de 2.088 vagas em relação a março. No acumulado do ano, a situação é pior, registrando uma diferença de -2.590 entre admissões e demissões. O presidente do Instituto de Desenvolvimento do Trabalho (IDT), Francisco de Assis Diniz, diz que, especialmente o resultado do mês passado, é preocupante porque deveria marcar a retomada da expansão do emprego. No ano, historicamente, a recuperação só começa entre junho e julho. Avalia que é hora de acender a luz vermelha e do Estado intervir com políticas públicas para a geração de mais emprego e renda. Para ele, é preciso trabalhar, criar estímulos, para que esse resultado não se repita em maio e junho. Observa que a retomada em abril deveria ser puxada pela indústria de base, o que não ocorreu. A indústria de transformação admitiu 5.552 e demitiu 5.323, anotando um saldo de apenas 229 vagas em abril. "É preciso analisar outros dados e variáveis macroeconômicas para ver o que ocorreu". O setor que mais gerou emprego no Ceará foi o de serviços com 649 vagas. Os setores da construção civil e da agropecuária, com respectivamente -202 e 200 vagas, tiveram os piores resultados. No último caso, Diniz acha que as fortes chuvas podem ter
influenciado o resultado negativo."

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