"Os boletos de cobrança do Imposto Predial e Territorial Urbano (IPTU) de Fortaleza estão sendo emitidos com informações erradas e alíquotas mais caras. Mesmo com a promessa da Secretaria de Finanças de Fortaleza (Sefin) de não mexer na taxa em 2009, houve registro de aumentos nos valores do imposto em algumas localidades da Cidade. Para evitar perdas, os contribuintes devem ficar atentos às faturas.
Proprietária de imóvel localizado na Aldeota, Cristina Barros reclama que recebeu a cobrança com reajuste de mais de R$ 135 na fatura, que passou de R$ 630 para R$ 766. “Não houve qualquer valorização do apartamento, nem obras estruturantes. Não entendo o motivo dessa variação”, indaga. O valor venal da edificação subiu de R$ 93.443,00 para R$ 110.417,00.
De acordo com declarações do secretário de Finanças do Município, Alexandre Cialdini, na semana passada, apenas em 2010 haveria aumento do imposto, após reavaliação da chamada planta genérica dos imóveis, que determinaria novo valor venal das residências. “Qualquer cobrança acima da inflação é ilegal”, alerta o presidente do Sindicato das Empresas de Compra, Venda, Locação e Administração de Imóveis e dos Edifícios em Condomínios Residenciais (Secovi), Sérgio Porto. Ele recomenda que os contribuintes observem com atenção os boletos. "
(Jornal O POVO)
sábado, 24 de janeiro de 2009
Assinar:
Postar comentários (Atom)
Um comentário:
Está aí um objeto excelente para uma boa reportagem jornalística. Sugiro a você, Ricardo Moura - que não tem dado bolas para as sugestões que lhe tenho feito por e-mail - uma reportagem investigativa, cujo foco seria o cotejamento entre os valores venais e de mercado dos imóveis, desmembrando-os entre imóveis de regiões ricas da cidade e aqueles de regiões mais pobres. Bastaria tomar duas regiões: a Aldeota e Montese, por exemplo. Montese não é um bairro caracterizadamente pobre, mas um de classe média de rendimentos mais baixos, mas proprietária de bens imóveis. Minha hipótese é a de que os proprietários de imóveis do Montese pagam, relativamente,valores de IPTU superiores que os proprietários situados na Aldeota. Uma variável interveniente a ser tomada em consideração seria justamente as benfeitorias públicas realizadas na Aldeota e no Montese. As realizadas na Aldeota são alarmantemente de valor superior que as realizadas no Montese, o que multiplica o valor de mercado do imóvel, enquanto o seu valor venal permanece o mesmo . Meu caro Ricardo, é uma vergonha o valor venal dos imóveis que serve de base para o cálculo do IPTU e o valor de mercado dos mesmos. Sou inteiramente a favor de uma revisão desses valores, o que, por certo, se levadas em conta as variáveis acima indicadas, redundaria numa elevação justa dos valores do IPTU. Com isso a cidade teria mais recursos para investimentos. Outra sugestão é a de que você destaque alguns edifícios ricos da Aldeota e outros do Montese e faça a comparação entre os valores pagos de condomínio e de IPTU. Você se surpreenderá: você vai encontrar casos, na Aldeota, em que o valor de uma parcela mensal do condomínio é superior ao valor anual de IPTU. Atenciosamente, Pedro Albuquerque.
Postar um comentário