terça-feira, 30 de outubro de 2007

CASO ANA BRUNA - JUSTIÇA CONDENA DOIS PMS E UM PISTOLEIRO

"Dois policiais militares e um pistoleiro foram condenados ontem pela execução da adolescente Ana Bruna de Queiroz Braga, principal testemunha do assassinato do comerciante Walter Portela. Os cabos Raimundo Nonato Soares Pereira, o Nonatinho, e José Eudázio Nascimento de Sousa foram apenados com 14 anos e 13 anos de prisão, respectivamente, enquanto o pistoleiro José Veridiano Fernandes Nogueira foi sentenciado a 13 anos de reclusão. O soldado Lúcio Antônio de Castro Gomes foi inocentado das acusações, mas continuará recolhido ao Presídio Militar por causa de outros crimes. Os dois cabos recorreram da decisão dos jurados, mas também continuarão presos. O julgamento durou cerca de 12 horas e atraiu para o Fórum Clóvis Beviláqua um grande número de pessoas, diante da repercussão do crime. O Tribunal de Justiça ainda avalia o recurso da sentença de pronúncia de outros dois acusados: o delegado Roberto de Castro e o comerciante João Batista Machado Portela. Caso os desembargadores rejeitem os argumentos do recurso, eles poderão ir à júri ainda este ano. Ana Bruna foi assassinada no dia 13 de abril último, na Aerolândia, horas após ter prestado depoimento sobre a morte do comerciante Walter Portela, que foi executado no dia 1º de março, no Siqueira II, em crime de pistolagem.

A adolescente de 17 anos teria revelado os nomes dos executores e do mandante da morte do comerciante. Ela foi morta com dois tiros na cabeça e um no pescoço. A estratégia mais surpreendente foi a da defesa do cabo José Eudázio. Para tentar obter o benefício da "delação premiada" (reduziu a pena de 21 anos para 13 anos), o acusado confessou sua participação no assassinato da testemunha, mas apontou o companheiro de farda, o também cabo Raimundo Nonato, como intermediador do crime. A denúncia abalou a estratégia de defesa do cabo Nonatinho, que alegaria "negativa de autoria".

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