terça-feira, 18 de dezembro de 2007

CNI DIVULGARÁ BALANÇO POSITIVO DO SETOR INDUSTRIAL BRASILEIRO EM 2007


Jorge Parente define a CPMF como "imposto injusto"

O setor industrial brasileiro vai fechar o ano de 2007 com um crescimento geral, se comparado a 2006, da ordem de 5% de incremento. Informou, nesta terça-feira, o ex-presidente da Federação das Indústrias do Ceará (Fiec) e presidente do Conselho de Responsabilidade Social da Confederação Nacional da Indústria (CNI), Jorge Parente. Ele adiantou dado que será divulgado ainda nesta data pela cúpula da CNI, que se reúne em Brasília em clima de confraternização de fim de ano. "O ano começou meio fraco, mas terminamos com crescimento. Quase todos os setores da atividade industrial tiveram desempenho satisfatório, com exceção de alguns segmentos pontuais que têm muito foco na exportação e que não conseguiram agregar valor ao preço em função do dólar que teve queda", adiantou Jorge Parente.

Ele revelou que, nesse contexto, o setor de móveis conseguiu recuperar preços neste semestre, dando para fechar 2007 "não tão ruim como se pensava". Os setores têxtil e de calçados também apresentaram problemas no começo do ano, mas, conforme Parente, acabaram se recuperando um pouco "principalmente por conta das compras para o período natalino".
Jorge Parente considerou "espetacular" a derrubada da prorrogação da CPMF, o que ficou definido na semana passada pelo Senado, e disse esperar que o governo federal não apareça com pacotes criando novos impostos ou elevando alíquotas de impostos como o IPI. Indagado se a CPMF não seria um imposto justo, pois só atinge quem de fato mexe com o mercado, ele discordou: "A CPMF não era imposto justo, mas injusto, pois não gera crédito".

Apegando-se ao exemplo do setor leiteiro, a sua área, Jorge explicou que há um pagamento exagerado de CPMF. "Você compra o leite no supermercado ou na padaria e o setor está pagando quatro vezes a CPMF. Nós, quando compramos o leite do produtor rural e ele paga a CPMF; nós industriais, quando vamos fazer a industrialização e vendemos para o distribuidor, pagamos; o distribuidor, quando vende para o supermercado ou mercearia, paga a CPMF; e o supermercado ou padaria quado vão vender, você paga a CPMF igual ao que paga o rico. Não é justo".

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