"Logo que fosse solto, um detento de uma penitenciária de São Paulo, integrante da facção criminosa Primeiro Comando da Capital (PCC), seria o responsável por articular uma quadrilha para vir ao Ceará realizar os atentados às autoridades judiciárias, prisionais e policiais. Além do resgate dos presos envolvidos com o furto milionário ao Banco Central de Fortaleza. A descoberta do plano, há poucas semanas, teria adiado sua soltura. Também estava previsto pela facção um grande ataque ao prédio de uma instituição local. As ações teriam assassinatos e seqüestros contra as prováveis vítimas. Os ladrões do BC, com o respeito que desfrutavam entre os demais condenados, teriam conduzido silenciosamente de dentro dos presídios cearenses o financiamento da trama. Respeito e prestígio adquiridos à custa de dinheiro que manteriam de reserva do lado de fora da cela. Além das escutas telefônicas realizadas nos presídios cearenses e paulistas, os sinais do plano de atentados foram sendo desvendados em "trabalhos de campo" dos serviços de inteligências, com investigações veladas em favelas de São Paulo e junto a informantes.
O POVO apurou que as informações acima são o teor de um relatório policial sigiloso sobre a ação do PCC barrada no Ceará. O nome do detento paulista é mantido sob sigilo pela Polícia Federal. Um juiz no Ceará, que estaria entre essas possíveis vítimas, já trocou itinerários, hábitos de trabalho e horários. Foi avisado por policiais militares do Serviço Reservado do risco que estaria correndo. Foi a ameaça de resgate que motivou a retirada urgente do Ceará de nove ladrões do BC, de três presídios locais para a Penitenciária de Segurança Máxima de Campo Grande, na tarde da última quinta-feira.
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