A revista The Economist sugere na edição desta semana que a ministra-chefe da Casa Civil, Dilma Rousseff, terá de ser mais do que "a mãe do PAC" se quiser ser a candidata do presidente Luiz Inácio Lula da Silva em 2010. A publicação diz que Dilma deverá se recuperar do escândalo dos cartões corporativos porque as acusações contra ela são "indiretas" e "muito menos graves" do que as derrubaram José Dirceu. Ainda assim, diz a revista, diante de um presidente cada vez mais popular, a melhor estratégia da oposição poderá ser atacar Dilma, que não só é a "ministra mais poderosa" de Lula como representa hoje a sua maior chance de fazer um sucessor. A revista cita a história "interessante" de Dilma, que já foi trotskista e sofreu perseguição na época do regime militar, e diz que ela " é impressionante de perto, misturando charme pessoal e firmeza e um evidente controle de detalhes técnicos".
"Mas ela ainda não é uma candidata viável para 2010", diz a Economist. "Ela é pouco conhecida fora dos círculos atentos à política." A publicação se baseia na parábola do "bode na sala" citada pelo consultor político Bolívar Lamounier, para dizer que Lula poderia estar estimulando a candidatura de Dilma agora para depois oferecer outro nome."Você conhece a história do homem que coloca um bode na sua sala de estar e depois se oferece para negociar com você para tirá-la de lá?", disse Lamounier à revista. O texto, que tem o título "Dilma e o bode", termina com a conclusão de que a ministra "terá de se tornar mãe de muitos outros gastos do governo se quiser se tornar o negociador".
sexta-feira, 4 de abril de 2008
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