"Escondida sob a vegetação seca e os mandacarus da caatinga do sertão do Ceará, a jazida de Itataia, maior reserva de urânio do país, está perto de começar a ser explorada, 31 anos depois de sua descoberta. O que hoje é sós uma montanha cheia de pedras avermelhadas irá se transformar em combustível para produzir energia nuclear na futura usina de Angra 3, com construção prevista no PAC, e em outras usinas que venham a ser construídas. A demora para iniciar sua exploração se deu porque o urânio de Itataia -localizado em um distrito distante da sede de Santa Quitéria (212 km de Fortaleza), uma área com grande índice de desertificação e miséria- está associado a outro minério, o fosfato, que não é objeto de interesse da estatal INB (Indústrias Nucleares do Brasil), detentora do monopólio de exploração do urânio no país. Para ser viável, a extração do urânio só poderia ser feita se houvesse uma empresa privada que explorasse o fosfato (os dois produtos estão unidos). Após anos de espera, o governo federal está viabilizando um sistema de parceria e, em dezembro, começa a negociar com três empresas -entre elas a Vale do Rio Doce - que demonstraram interesse em ficar com o fosfato, matéria-prima de ração animal ou adubo. São 80 mil toneladas de urânio e 8 milhões de toneladas de fosfato na jazida. Outra grande reserva de urânio do país fica na Bahia e abastece as usinas Angra 1 e 2, no Rio. Hoje, nada é explorado em Itataia.
Da Folha de São Paulo, leia mais aqui
Assinar:
Postar comentários (Atom)
Nenhum comentário:
Postar um comentário