O médico e antropólogo Antônio Mourão Cavalcante nos propõe, neste sábado, uma boa reflexão sobre assunto que, de fato, mexe não somente com a cabeça do consumidor mas, principalmente, com o bolso: o segredo chamado continha da Coelce. O título do artigo dele publicadlo no O POVO é "Levando tudo...".
"Estou propondo ao bravo leitor de acompanhar-me numa instrutiva caminhada. Por favor, busque na caixa, onde você guarda recibos, uma conta de energia elétrica e venha navegar comigo. Em recente mês, na minha casa, a fatura deu um total de 452,90 reais. Fiquei furioso e fui logo reclamando do pessoal: estamos gastando muita energia! A resposta veio sob forma de diversas justificativas: faz é tempo que desligamos os aparelhos de ar-condicionado. Não usamos mais os chuveiros elétricos. Trocamos o tipo de lâmpadas. Mas a fatura continua alta. Resolvi olhar a fatura com mais cuidado.(Verifique os dados da famigerada conta. Acompanhe, por favor). Desse total, R$ 36,80 é para iluminação pública municipal. (Veja a sua quanto foi.)
Alguém sabe dizer quem controla essa grana? Existe uma prestação de contas desse fundo? Acaba sendo um montante quase igual ao IPTU... E destinado unicamente a iluminação pública municipal. Essa rubrica, na verdade, é um imposto sobre outro imposto, porque num canto mais abaixo tem a composição do valor de consumo (Viu aí na sua nota?). Energia: 177,70 reais. Logo abaixo, canto esquerdo, vem mais coisa. Transmissão: R$ 8,46. Meu Deus! O que é que eu tenho com isso? Compro a energia a partir do poste de casa. A empresa fez/faz investimento porque sabe que terá lucro, e sou eu quem paga a transmissão? Como é calculado esse valor? Quem autorizou essa cobrança? Quando? Tem mais. Distribuição: 81,79 reais.
Ora bolas, será que, em termos de energia, transmissão não é o mesmo que distribuição? Em termos de eletricidade penso que seja. Calma! Ainda não terminou. Encargos Setoriais: R$ 14,10. Alguém sabe o que é isso?... Logo em seguida, tem mais: Tributos (ICMS, PIS/Confins): 134,05 reais. Pancada grande. Alguém sabe como esse valor é calculado? Incidindo sobre quais itens? Qual porcentagem? Pelos números apresentados é quase o mesmo valor da rubrica Energia. O que efetivamente usei. Somando esse quadrado inferior, tem-se o total de 416,10 reais. Só que não é verdadeiramente o total, pois virá a tal iluminação pública municipal... Daí eu ter falado, tributo sobre tributo... E, constitucionalmente isso pode? O que deveria ser 177,70 reais - energia realmente consumida/comprada - virou milagrosamente R$ 453,90. Quando acaba, dizem que Satanás não obra milagres!... Lobão que o diga."
"Estou propondo ao bravo leitor de acompanhar-me numa instrutiva caminhada. Por favor, busque na caixa, onde você guarda recibos, uma conta de energia elétrica e venha navegar comigo. Em recente mês, na minha casa, a fatura deu um total de 452,90 reais. Fiquei furioso e fui logo reclamando do pessoal: estamos gastando muita energia! A resposta veio sob forma de diversas justificativas: faz é tempo que desligamos os aparelhos de ar-condicionado. Não usamos mais os chuveiros elétricos. Trocamos o tipo de lâmpadas. Mas a fatura continua alta. Resolvi olhar a fatura com mais cuidado.(Verifique os dados da famigerada conta. Acompanhe, por favor). Desse total, R$ 36,80 é para iluminação pública municipal. (Veja a sua quanto foi.)
Alguém sabe dizer quem controla essa grana? Existe uma prestação de contas desse fundo? Acaba sendo um montante quase igual ao IPTU... E destinado unicamente a iluminação pública municipal. Essa rubrica, na verdade, é um imposto sobre outro imposto, porque num canto mais abaixo tem a composição do valor de consumo (Viu aí na sua nota?). Energia: 177,70 reais. Logo abaixo, canto esquerdo, vem mais coisa. Transmissão: R$ 8,46. Meu Deus! O que é que eu tenho com isso? Compro a energia a partir do poste de casa. A empresa fez/faz investimento porque sabe que terá lucro, e sou eu quem paga a transmissão? Como é calculado esse valor? Quem autorizou essa cobrança? Quando? Tem mais. Distribuição: 81,79 reais.
Ora bolas, será que, em termos de energia, transmissão não é o mesmo que distribuição? Em termos de eletricidade penso que seja. Calma! Ainda não terminou. Encargos Setoriais: R$ 14,10. Alguém sabe o que é isso?... Logo em seguida, tem mais: Tributos (ICMS, PIS/Confins): 134,05 reais. Pancada grande. Alguém sabe como esse valor é calculado? Incidindo sobre quais itens? Qual porcentagem? Pelos números apresentados é quase o mesmo valor da rubrica Energia. O que efetivamente usei. Somando esse quadrado inferior, tem-se o total de 416,10 reais. Só que não é verdadeiramente o total, pois virá a tal iluminação pública municipal... Daí eu ter falado, tributo sobre tributo... E, constitucionalmente isso pode? O que deveria ser 177,70 reais - energia realmente consumida/comprada - virou milagrosamente R$ 453,90. Quando acaba, dizem que Satanás não obra milagres!... Lobão que o diga."
13 comentários:
Estou perplexo, professor, pois nunca parei pra olhar ditreitinho essa famigerada conta. Revolta porque a gente paga e, se não pagar, cortam sem dó nem piedade (Que o diga o caso do Hospital Batista). Creio que alguém - políticos, quem sabe - precisa meter o dedo nessa ferida. Ou melhor, sangria.
Isso me faz lembrar: cadê mesmo o dinheiro da venda da Coelce? Pelo vistro, ninguém sabe, ninguém viu e continuamos pagando dobrado por isso. Como os donos são espanhois: sin perder la ternura jamás!
eliomar,se a intenção do cid gomes e da luiziane lins de minar a candidatura de dr. lucio,o tiro saiu pela culatra. veja a edição da revista epoca que envolve a prefeita num ecandalo.
Estamos diante de um caso típico de arbitrariedade do monopólio, não existe concorrência, a Coelce é única, com o apoio dos governos ela extrapola na cobrança de seu produto e os governos extrapolam na cobrança de impostos. Estão de mãos dadas. Aí é onde deve entrar o Ministério Público, o Decon e as categorias classistas, pois um consumidor sozinho só consegue espernear.
Quem controla a taxa de Administração Pública é a Prefeitura Municipal de Fortaleza. Se não me engano via AMC. Na realidade tudo não passa de uma galinha dos ovos de ouro. Para a Prefeitura, na conta de luz, pagamos ainda o ISS, que é da ordem de 5%. Quem controla de fato, ninguém sabe. Mas dizem que quem ganha dinheiro é a Cité Luz.
é um absurdo mesmo. mas em que país estmaos mesmo? ah, o brasil. aí fica tudo do jeito que está...rsrs
Valeu, professsor, por essa sua colaboração brilhante e colocando luz no tema que precisa, mais do que nunca, ser debatido. A questão da taxa de iluminação pública é uma aberração, bitributação que atinge condomínios e tudo parece não ter fim. Temos que dar um basta nessa marmota. E já!
Pagamos elevadíssima taxa de iluminação pública em cidade mal iluminada.Essa é a verdade.
É mesmoum assalto professor Mourão.Isso não cheira bem. Precisamos reagir.
Vou pautar o assunto.
Parabéns.
a) Luis Sérgio Santos
df@fortalnet.com.br
Interessante, junte todas suas contas e observe que a tarifa sobe todo mês um pouquinho que ninguém percebe. Os reajustes são autorizados anualmente, mas todos os meses nunca é a mesma tarifa. Observe
Vão votar no Tasso
O pior de tudo é que o cidadão não tem outra opção a não ser pagar esta famigerada conta. Foram privatizar e vejam no que deu. Imaginem quanto estaríamos pagando de água se a CAGECE também tivesse sido privatizada. Eis o fruto da política neoliberal do senhor Fernando Henrique Cardoso malcomunado com o Mega-empresário-Senador TASSO. Lembro muito bem de nossa TELEMAR, empresa exemplo em lucro no país e foi privatizada, e vejam que foi que comprou esta empresa foi justamente o irmão do nobre senador que muito lutou pela privatização. O dono da Telemar, hoje nominada OI, que é o Sr. Carlos Jereissati, almeja aumentar o seu poderio com a aquisição da BRASIL TELECOM, e obviamente mais uma vez vai usar o dinheiro público para esta aquisição.
Cade a Carina Vieira pra defender a venda da Coelce pelo idolo dela, Coronel Tasso???????????
Depois a cag@$@ é só do PT, né????
jacinta diz:tudo isso é um abuso em todos os sentidos e ainda pior agente que trabalha na rua comercial ainda é abusada por pagar a conta de iuminaçáo publica mais cara de todas, pois isso não é taxa é uma exploração.
pois Deus dá a Cesar o que é de César.
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