Num artigo publicado no Jornal O POVO, o professor e antropólogo Antônio Mourão Cavalcante bate duro no seu PDT. Intitulado "PDT, ontem e hoje", o artigo lamenta que pedetistas viraram oportunistas e entraram no jogo do quem dá mais e que agora não lembrem nem a sombra do que foi o grande líder da legenda, Leonel Brizola. Confira:
"O PDT sempre foi conhecido como o partido de Brizola. Bravo guerreiro, ele conseguia, com rara genialidade, descobrir caminhos honrados para o seu partido e para a sua luta. Herdeiro do trabalhismo, com seu imenso prestígio, Brizola fez do PDT a única agremiação brasileira filiada a Internacional Socialista. No que se tornou o PDT, depois da partida de Brizola? Mantém a mesma chama? A mesma garra? A mesma coerência? Ou ficou igual aos outros? Brizola ainda chegou a conhecer o Governo Lula. Estava no começo. Mas, ele já apresentava críticas muito ácidas. Achava que Lula estava perdendo o rumo. Esquecendo os compromissos históricos que caracterizavam sua trajetória pessoal e de seu partido (PT). Assimilava, sem qualquer questionamento, as diretrizes do capital estrangeiro. No último texto que escreveu, Brizola disse:"O povo brasileiro não merecia tamanha frustração. Aqueles que traíram o voto e as esperanças da nação brasileira, não se iludam: logo mais cedo do que pensam, a população irá mostrar o quanto despreza os que agem desta forma".
O que preferiu a cúpula nacional do PDT? Num aceno sedutor do Planalto, o partido rendeu-se aos encantos. Ganhou um ministério e fez-se adepto da "onda Lula". O próprio presidente da agremiação - Carlos Lupi - entre ser o timoneiro do PDT ou ministro, preferiu a segunda opção. Hoje, está ministro. O partido fez leilão. Vendeu-se por quinquilharias: um cargo aqui, outro acolá. No Ceará, lamentavelmente, o PDT segue a mesma lógica. Inaugurou a temporada do "quem dá mais!". Por exemplo, despreza um militante corajoso, histórico, íntegro, múltiplas vezes apontado como parlamentar do ano - Heitor Férrer - para dobrar-se ao charme da Senadora Patrícia Gomes. Nada contra a senhora em questão. Mas, se ela tinha/tem tantas chances, por que o próprio cunhado não a quis em sua agremiação (PSB)?
O oportunismo mostra sua face mais cruel. Mesmo ocupando um alto cargo federal - braço direito do ministro Lupi - André Figueiredo não se afasta da presidência regional do PDT. Brizola, velho comandante, fique em paz. Faz parte de sua história ser traído. Isso aconteceu muitas vezes em sua vida. Repete-se agora, quando você partiu. Porém, a grande e soberana mestra, a História, dará a resposta a estes traidores que tanto maculam sua memória...
Antonio Mourão Cavalcante - Médico e antropólogo. Professor Universitário. a_mourao@hotmail.com
"O PDT sempre foi conhecido como o partido de Brizola. Bravo guerreiro, ele conseguia, com rara genialidade, descobrir caminhos honrados para o seu partido e para a sua luta. Herdeiro do trabalhismo, com seu imenso prestígio, Brizola fez do PDT a única agremiação brasileira filiada a Internacional Socialista. No que se tornou o PDT, depois da partida de Brizola? Mantém a mesma chama? A mesma garra? A mesma coerência? Ou ficou igual aos outros? Brizola ainda chegou a conhecer o Governo Lula. Estava no começo. Mas, ele já apresentava críticas muito ácidas. Achava que Lula estava perdendo o rumo. Esquecendo os compromissos históricos que caracterizavam sua trajetória pessoal e de seu partido (PT). Assimilava, sem qualquer questionamento, as diretrizes do capital estrangeiro. No último texto que escreveu, Brizola disse:"O povo brasileiro não merecia tamanha frustração. Aqueles que traíram o voto e as esperanças da nação brasileira, não se iludam: logo mais cedo do que pensam, a população irá mostrar o quanto despreza os que agem desta forma".
O que preferiu a cúpula nacional do PDT? Num aceno sedutor do Planalto, o partido rendeu-se aos encantos. Ganhou um ministério e fez-se adepto da "onda Lula". O próprio presidente da agremiação - Carlos Lupi - entre ser o timoneiro do PDT ou ministro, preferiu a segunda opção. Hoje, está ministro. O partido fez leilão. Vendeu-se por quinquilharias: um cargo aqui, outro acolá. No Ceará, lamentavelmente, o PDT segue a mesma lógica. Inaugurou a temporada do "quem dá mais!". Por exemplo, despreza um militante corajoso, histórico, íntegro, múltiplas vezes apontado como parlamentar do ano - Heitor Férrer - para dobrar-se ao charme da Senadora Patrícia Gomes. Nada contra a senhora em questão. Mas, se ela tinha/tem tantas chances, por que o próprio cunhado não a quis em sua agremiação (PSB)?
O oportunismo mostra sua face mais cruel. Mesmo ocupando um alto cargo federal - braço direito do ministro Lupi - André Figueiredo não se afasta da presidência regional do PDT. Brizola, velho comandante, fique em paz. Faz parte de sua história ser traído. Isso aconteceu muitas vezes em sua vida. Repete-se agora, quando você partiu. Porém, a grande e soberana mestra, a História, dará a resposta a estes traidores que tanto maculam sua memória...
Antonio Mourão Cavalcante - Médico e antropólogo. Professor Universitário. a_mourao@hotmail.com
9 comentários:
O André Figueiredo sentou no colinho do Tasso Jereissati, foi?
O André disse que o Tasso é como sombra de mangueira, que debaixo nada cresce.
Mas agora, ao que parece, andou encontrando uns "agrados" por lá...
Professor Mourão acertou no comentário. A cúpula nacional e a do Cerá se entregaram para Lula e Cia. mesmo.
O professor Antônio Mourão expressou muito bem a revolta dos verdadeiros brizolistas diante do entreguismo da legenda. Prabéns, doutro Mourão da AM do POVO, do jornal O POVO e da psiquiatria engajada politicamente com aqueles que sonham com uma sociedade melhor. Marcos Flávio.
Excelente a abordagem do Dr. Antonio Mourão. Está perfeita!
Mas o André é um trairão... nisso ele é bom. Quem o fez politicamente foi o Dr. Lúcio Alcântara e, na primeira oportunidade, ele traiu o ex-governador e se bandeou pro lado do Tasso Jereissati.
Agora, ele trai Heitor Ferrer, o melhor representante do PDT cearense, exatamente o político que elevou o nivel de credibilidade do partido e que tem um trabalho digno, corajoso, independente e de reconhecimento geral. É realmente uma pena curvar-se à oligarquia ao preterir Heitor por Patrícia, uma representante do clã ferreira gomes, fazendo o lado sujo da política, que no Ceará está se transformando num antro de oportunistas que só pensam em tirar vantagens pessoais, em se locupletar.
Mas o dele (André) está guardado, pode acreditar.
José Paulo Almeida
Seria bom se o senhor Mourão usasse da mesma caneta para analisar a gestão da sua querida Lôra. O engajamento de profissionais, que usam do espaço de imprensa para perpeturar suas opiniões, dá nesse tipo de coisa. Mas é da democracia. Entre as leituras de Mourão e da Professora Adísia Sá, prefiro as da Professora. São textos sem paixão, se leitura transversal, sem meias palavras.....Mas o bom disso tudo, ´que a vida continua, AMIGOS.
Por que se ocultar atrás de um reles "anônimo" quando se poderia ser transparente? É medo, pessoal? Poxa, quanta gente insensata que poderia mostrar a cara e dizer o que o André Figueiredo merece ouvir? Eu acho que o doutor Mourão está correto, mas lamento que muitos comentaristas hajam desse modo de não se revelarem... como eu!
O prof. Mourao apenas expressou a constatacao de uma realidade: esse Andre é um tremendo do oportunista e carreirista. A O PDT É UMA PIADA COMO PARTIDO POLITICO.
O PROBLEMA DESSE BLOG ELIOMAR E QUE A GENTE NAO CONSEGUE BLOGAR SE IDENTIFICANDO. SIMPLESMENTE NAO SEGUE A MENSAGEM... QUE DIABO ISSO
Sinto o mesmo problema. Quero me identificar, mas não consigo. Ah, quero externar meu apoio ao professor Mourão contra essa cúpula que se arranjou em cargo do governo Lula e quer posar de independente por aqui. J. Lauro.
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