"O presidente do Banco Central, Henrique Meirelles, reconheceu nesta quarta-feira, 18, a possibilidade "teórica" de a inflação medida pelo Índice de preços ao Consumidor Amplo (IPCA) superar neste ano o teto da meta de 6,5%. "Pela nossa análise dos cenários de mercado, o mercado acha que é uma possibilidade menor. Sempre existe, em tese, esta possibilidade", disse, durante entrevista para a TV Bloomberg.
Meirelles explicou que no início de cada ano são avaliadas estas possibilidades. "Sistematicamente, em qualquer ano, mesmo que a inflação esteja até abaixo do centro, existe sempre uma possibilidade teórica de que possa estourar o teto ou o piso", afirmou. Entretanto, o presidente do BC insistiu que a autoridade monetária não faz previsões para a inflação. "Não fazemos nossa própria previsão. Isso compete aos mercados."
(Agência Estado)
Meirelles explicou que no início de cada ano são avaliadas estas possibilidades. "Sistematicamente, em qualquer ano, mesmo que a inflação esteja até abaixo do centro, existe sempre uma possibilidade teórica de que possa estourar o teto ou o piso", afirmou. Entretanto, o presidente do BC insistiu que a autoridade monetária não faz previsões para a inflação. "Não fazemos nossa própria previsão. Isso compete aos mercados."
(Agência Estado)
Um comentário:
Novo AUMENTO DA INFLAÇÃO no mundo, no Brasil. Sobre isto escreveu Paulo Mindêllo, nesta semana, em O Povo (Este Jornal faz agora sua Primeira Página como se fosse apenas capa de revista: quase só figuras e legendas, textos rasos), preocupado com as conseqüências dela sobre o tímido crescimento do PIB brasileiro. O Banco Central quis logo elevar ainda mais os juros, já recordistas. Não é a melhor política fiscal. Chile, Índia e Rússia não o fizeram. Nem Estados Unidos, Europa. Também não parece preocupar-se o BACEN com a taxa de câmbio e, pois, com as contas externas. Estas, se piorarem agora, fazem a inflação recrudescer ainda mais. Emprego, salário e renda também piorariam. Quebrarão empresas. Semi-paralisação da economia afetará a receita fiscal, colocando em risco os programas sociais do Governo, sua principal sustentação. Inflação perigosa. O enorme capital financeiro internacional aqui investido, sem compromisso com o País, sairia rapidamente. Reação também na população. A classe média não se conformará. As classes populares sentirão a perda. O Brasil, desde 1994, tem desprezado as melhores oportunidades de fazer as reformas estruturais e crescer. Lula também, até aqui, deslumbrado com a franca aprovação popular. Se as coisas pioram muito, em seguida, não seria difícil nem impossível que tivesse de ouvir ele muitos “Fora, Lula”.
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