Este Blog recebeu nota da assessoria de Comunicação doa Funasa explicando sobre declarações dadas pelo presidente Dnailo Forte à Folha e aqui veiculadas. Na matéria, o título "Presidente da Funasa diz que 68 mortes de indiocs é (sic) número bom", o que causou repúdio. Confira:
Nota de Repúdio
Com relação à reportagem publicada no jornal Folha de S. Paulo sob o título “Presidente da Funasa diz que 68 mortes de índios é (sic) número bom”, a Assessoria de Comunicação da Funasa, órgão executivo do Ministério da Saúde, esclarece que:
1 – Ao longo de mais de uma hora de entrevista sobre a ocupação das instalações da coordenação regional da Funasa em São Paulo por lideranças indígenas, em que estiveram presentes o presidente da Instituição, Danilo Forte, e o diretor de Saúde Indígena (Desai), Wanderley Guenka, a jornalista, de forma maldosa, pinçou uma frase fora do contexto num total desrespeito à vida dos indígenas e às regras mais elementares do bom jornalismo;
2 – A resposta de Danilo Forte a uma pergunta da repórter sobre dados de mortalidade apresentados por uma ONG, que contrastam com os números oficiais levantadas pela Funasa, foi meramente estatística, considerando-se o universo atual de cerca de 500 mil índios, em que quase a metade nasce dentro das aldeias;
3 – Nos últimos dez anos, mesmo com as dificuldades de logística e de acesso às aldeias, onde é prestada a assistência básica à saúde indígena, houve uma melhoria em todos os indicadores, principalmente no de mortalidade infantil, que caiu de 74,61 para 46,73 por mil nascidos vivos. Este dado foi simplesmente ignorado pela repórter, para quem só o que é negativo e ruim parece ser relevante.
4 - No Mato Grosso, onde se concentra a segunda maior população indígena, o índice de mortalidade infantil registrou queda de 140 mortes, num universo de mil crianças nascidas vivas, em 2003, para 30,4 por mil, no ano passado. Nenhuma estatística sobre mortalidade –infantil ou adulta - é desprezível para a Funasa, mas as quedas nas taxas são sempre motivo de comemoração, ainda que sejam, muitas vezes, passíveis de manipulação por pessoas mal-intencionadas. Vale lembrar, também, que dos 5.564 municípios, cerca de 1.100 mil sequer dispõem de médicos para atendimento.
5 – A repórter erra, mais uma vez, quando afirma que “o presidente decidirá sob coação”, quando o dito na coletiva e publicado por todos os outros veículos de comunicação, foi exatamente o contrário. A Funasa em nota de repúdio à invasão, divulgada e distribuída à imprensa, “repudia todo e qualquer tipo de violência como forma de negociação e, principalmente, de coação”.
6 - As declarações feitas por Danilo Forte durante a coletiva foram deturpadas sem que se saiba a real intenção da repórter que, certamente, não foi vítima da ingenuidade. A informação sobre um assunto que é delicado e sério - pelo menos para a Funasa - adquiriu um tom sensacionalista e, o mais grave, a isenção e a imparcialidade foram deixadas de lado;
7 - O corpo de funcionários e profissionais especializados da Funasa, bem como o presidente da Instituição, que se dedicam há anos à luta por melhorias na qualidade de vida dos indígenas e da população mais desassistida do País repudiam, por isso, os termos e o tom da infeliz reportagem.
Por fim, a Funasa reitera que se mantém à disposição para qualquer esclarecimento e que vai continuar adotando medidas necessárias para garantir total transparência aos atos da gestão e manutenção de seu patrimônio.
sexta-feira, 8 de maio de 2009
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