sábado, 9 de maio de 2009

GOVERNADOR LIDERA LISTA DE PRIVILÉGIOS; PREFEITURA ESCONDE O JOGO

"Homem que concentra o maior poder político no Ceará, o governador Cid Gomes (PSB) é também detentor de uma invejável lista de privilégios advindos do exercício do cargo. Apesar de ganhar pouco mais da metade do que ganha um desembargador - R$ 11,3 mil -, o governador dispõe da maior quantidade de regalias de representação entre os pesquisados pelo O POVO. Além de ter à sua disposição a residência oficial, no Meireles - Cid não mora lá, utilizando o local apenas para reuniões e eventos -, o governador tem o direito a esquema de segurança, feito por policiais militares. Em serviço, Cid tem acesso ainda a carro oficial, telefone celular institucional, sem limite de gastos, passagens aéreas e aeronaves particulares fretadas. O governador também dispõe de cartão corporativo para “gastos emergenciais”, com limite de até R$ 352 mil por ano - divididos em até R$ 8 mil anuais em 44 categorias de gastos. O secretariado de Cid Gomes também tem direito a parte dos benefícios. Arialdo Pinho, chefe da Casa Civil, é o único além do governador a dispor de um cartão corporativo. Já Roberto Monteiro, secretário de Segurança, da mesma forma que Cid, é protegido por policiais militares. Os demais secretários, além do salário de R$ 9.863,24, têm telefone institucional ilimitado, além de carro e passagens aéreas para missões oficiais. A assessoria de comunicação da Casa Civil não deu informações precisas sobre a quantidade e os salários de assessores nomeados diretamente pelo governador e por seus secretários.
Já a Prefeitura de Fortaleza não respondeu a nenhum dos questionamentos sobre remuneração e benefícios da prefeita e dos secretários municipais. Desde o último dia 23, O POVO manteve contato telefônico e por email com as assessorias das secretarias de Finanças e de Administração, além da coordenadoria de Comunicação da Prefeitura e da assessoria direta de Luizianne Lins (PT). Até o fechamento desta reportagem, não houve retorno a nenhum dos contatos. O POVO apurou que a prefeita tem salário de R$ 12,9 mil. Já os secretários municipais, segundo declaração do coordenador de Articulação Política da Prefeitura, Waldemir Catanho, publicadas no último dia 1º, recebem “em torno de R$ 2 mil”. Os salários relativamente baixos, se comparados aos dos secretários estaduais, são complementados, ainda segundo Catanho, com a participação deles nos conselhos de Orientação Político-Administrativa (Copam) e de Planejamento Estratégico (CPE), que são remuneradas e elevam os ganhos “para R$ 5,5 mil, R$ 6 mil”.


(O POVO deste domingo)


8 comentários:

Cristiano Goes disse...

Acho que vocês estão exagerando. Quer dizer que ter estas possibilidades são privilégios ? Um governador tem que ter condições de exercer seu trabalho. Celular é privilégio ? Segurança para o secretário de segurança é privilégio ? Acho que esta sanha denuncista tá exagerando e caindo no ridículo. A imprensa tem um pepel fundamental na sociedade e isto é inegável. Agora certas abordagens não contribuem com isto e sim com a desinformação.

Anônimo disse...

Pra eles, tudo! Pra nós, os dramas! E olhe que os dados são oficiais!! Jota

Anônimo disse...

Eliomar, não consigui entender não! Privilégios, o governador ter segurança policial? Seria irresponsável, se o governador do estado não tivesse segurança policial! Ter uma residência oficial é privilégio?? Em qual lugar do mundo isso não ocorre? Até na universidade, aluno tem residência universitária! Um governador não poder usar como precisar um telefone celular? E como alguém hoje faz qualquer coisa de grande porte e envergadura, e até de pequeno porte e sem envergadura, sem telefone celular?? Ou o governador deveria pagar do bolso o telefone celular para contatos visando o Estado do Ceará?? Não sou partidária do Cid Gomes, não sou partidária da Luizianne, não sou partidária de nenhum desses grupos que estão no poder, mas acho que
quem estiver lá, tem que ter condições de trabalho. Não me parece privilégio não, o que você mencionou.

Anônimo disse...

O viés dessa matéria é muito ruim, só não foi pior porque meio escondido na página tem um contraponto, envergonhado, de cientistas políticos.

Os melhores momentos são quando toca no assunto que esse tipo de "verba de representação" também existe no setor privado, mas como é "privado" é de responsabilidade dessas empresas. Terrível engodo, dos jornalistas e editoria, basta ver a celeuma que esse tipo de medida causa atualmente nos EUA sobre o que é oferecido a diretores de empresas.

Outro grande engano é deixar o judiciário passar ao largo desse assunto. Se comparasse com o judiciário talvez os autores pudessem ver o que a nuvem de denuncias não permite: governador e prefeito não são empregos, são cargos eletivos.

Praticamente tudo que a mate´ria questiona como privilégio pode ser lido como imperativo para exercer uma função por determinado tempo. A matéria ainda se contradiz quando no título chama de privilégio o que ao longo do texto é seguido de expressões de ressalva como "em missões oficias".

Ora uma coisa é ser contra que o governador viaje com a sogra, outra coisa é achar que é viagem de interesse do estado ele não possa contar com recursos do erário estadual para representá-lo. idem para os deputados.

em tempo: o fato da PMF não dar transparência aos gatos de sua cúpula é um dos fatos que mais depoe contra essa administração

pra terminar, essas funções são temporárias, seria luxo e privilégio caso fossem ofertadas pela vida toda.

Deodato Ramalho disse...

Essa discussão realmente está criando o samba do criolo doido. Quer dizer que um servidor público, seja um agente político ou não, estar sendo privilegiado quanto recebe, por exemplo, tantas passagens aéreas quantas sejam necessárias para cumprir uma missão no interesse do serviço? A denúncia do que efetivamente esteja errado ou acaba perdendo seus efeitos, quando não faz a correta distinção das coisas, ou contribui para afastar as pessoas de bens da vida pública. Essa matéria, tal como foi publicada, presta um grande desserviço à sociedade.

Anônimo disse...

Privilégios em relação aos meios de trabalho, NÃO!!! Mas empregar apaniguados para somente bajular? ERRADO!!! O que a matéria do O Povo retrata é a benevolência que o Estado dá para "os de cima" e quem paga o "pato" é o servidor público concursado taxado de ineficiente e caro. Comentando o outro aspecto da matéria é a CAIXA PRETA DA PREFEITURA DE FORTALEZA. Nada se sabe dos gastos do gabinete. A "loura projetista estressada" curtiu férias por uma semana e nada se sabe se o CARTÃO CORPORATIVO trabalhou neste período. No Diário Oficial do Município, antigamente via-se o pagamento das diárias da prefeita e hoje, nada. Será que o cartão corporativo está pagando estas despesas. Seria um meio da Prefeita curtir nababescamente suas viagens, já que a mesma não sabe mais nem chegar no paço municipal. Confirme Eliomar, quantas viagens a prefeita juntamente com o seu staff já realizaram desde o início de sua gestão?
Carlos Nobre

Anônimo disse...

pode não ser ilegal, mas é imoral. sou servidor público dr Deodato, e trabalho em Jaguaribe, moro em Fortaleza, e o estado não fornece vale transporte, nem alimentação...
pq?
Será que não tenho direito tb?
h! tb não fornece o meu fardamento, viatura, combustivel q é obrigação do mesmo.

MARIVALDA disse...

caro deodato tu sabes bem que as coisas não são, e nem funciom dessa maneira. voce sabe muito bem que o servidor é um mero vassolo.AS BENECIAS SÓ SÃO PARA OS 'BRAMAS', NÓS 'DAILETES' ESTAMOS SEMPRE DE PIRES NAS MÃOS.NA REALIDADE HÁ UM DESCOMPASSO MUITO GRANDE NAS BENECIAS E NAS BENEVOLENCIAS PARA OS CHEFÕES. TU SABES BEM DISSO DEODATO.CADE A TAL DA TRANSPARENCIA??????????????