quarta-feira, 26 de novembro de 2008

ESTUDO PREVÊ MENOS ÁREAS PARA PLANTIO E SAÚDE PIOR NO NORDESTE

" A escassez ou limitação da disponibilidade de terras para a agricultura, com repercussão negativa sobre a saúde da população, é um dos cenários traçados para o Nordeste brasileiro por um estudo elaborado para a Embaixada Britânica pelo Centro de Desenvolvimento e Planejamento Regional (Cedeplar), da Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG), e pelo Centro de Pesquisas René Rachou, da Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz).
Segundo informou o coordenador da equipe do Cedeplar/UFMG, Alisson Barbieri, a pesquisa Migrações e Saúde: Cenários para o Nordeste Brasileiro-2000-2050 mostra que “a escassez de alimentos vai depender da capacidade de resposta do governo e das instituições de transferir renda para os habitantes do Nordeste”.
Esse é o primeiro estudo realizado no mundo que envolve em uma visão integrada as variáveis demográfica, econômica e climática para explicar cenários futuros, disse o professor. As mudanças climáticas em curso no planeta tendem a afetar com maior intensidade, no Brasil, as populações mais vulneráveis a esses fatores, que estão localizadas sobretudo no Nordeste do país, incluindo os migrantes.
Daí, o estudo sinalizar para a urgência de que se comece a pensar em programas ou políticas de adaptação que atendam essas populações mais vulneráveis e minimizem os impactos das mudanças do clima, disse Barbieri. Essas adaptações abrangeriam várias vertentes. Uma delas seria o investimento em tecnologia para adaptação dos cultivos agrícolas à nova realidade. Outro mecanismo diz respeito ao papel do estado, através dos programas de transferência de renda."

(Agência Brasil)

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