terça-feira, 31 de março de 2009

PRESIDENTE DA FIEC VÊ "ESTARDALHAÇO" EM TORNO DE DOAÇÕES DE CAMPANHA E FIESP


O presidente da Federação das Indústrias do Ceará (Fiec), Roberto Macedo, afirmou, nesta terça-feira, não estar "entendendo bem" o que vem envolvendo dirigentes da Federação das Indústrias de São Paulo (Fiesp) no caso da Operação Castelo de Areia, da Polícia Federal, e doações de campanha feitas pela Construtora Camargo Corrêa a partidos políticos. Ele disse que, pelo que sabe, todas as doações feitas por parte do empresariado são sempre dentro da lei. Mas lamentou: "As vezes tem político que não quer assim e que prefere o caixa 2 tão denunciado, o que é um absurdo". A Operação detectou problemas também de possível evasão fiscal.
Macedo avaliou que há "muito estardalhaço" em torno de doações de campanha porque ninguém nunca quis resolver esse tipo de situação, o que viria a partir da reforma política. Lamentou tanto "estardalhaço" em torno de nomes da Fiesp, lembrando que no período do "Mensalão" o tratamento ao PT, por exemplo, e as reações a esse absurdo não foi o mesmo. "Acho que isso tem cuho político. A eleição de 2010 já está se aproximando", observou.
O dirigente da Fiec não quis aprofundar mais o tema, observando que são poucas as informações e muito o estardalhaço na mídia em torno de um tema velho e que nunca foi enfrentado pela sociedade brasileira.
Roberto Macedo participará, nesta terça-feira, em Brasília, de almoço promovido pela CNI com a presença dos presidentes da Câmara, Michel Temer (PMDB-SP), e do Senado, José sarney (PMDB-AP), ocasião em que a entidade apresentará a sua Agenda Legislativa 2009. O ponto prioritário é um só: reforma tributária já.
Sobre o pacote fiscal anunciado pelo Governo Lula prorrogando o IPI dos carros, zerando a alíquota do cimento e aumentando a alíquota do cigarro, considerou positivo. Macedo, no entanto, reiterou: é preciso aliviar a carga fiscal do Brasil, que é muito pesada.

3 comentários:

Ismael Luiz disse...

É sempre o velho dilema: "-Não mexa no meu,que eu trisco!"

Anônimo disse...

Só é errado quando é nos outros,né?

Anônimo disse...

Não dá mesmo para entender. O Presidente da FIEC tem toda razão. Estão, de propósito, não sei com que fim, botando chifre em cabeça de cavalo. O sistema de financiamento das campanhas eleitorais no Brasil, de acordo com a Legislação Eleitoral, funciona assim. Os candidatos procuram doadores, pessoas físicas ou jurídicas, para financiarem suas campanhas. Está na Lei. Não é ilegal nem imoral, porque é assim que funciona. Agora faz-se esse estardalhaço todo, como se fosse uma coisa do outro mundo, em cima de uma empresa que tradicionalmente é doadora de campanhas eleitorais, como se aquilo fosse crime. Prende-se até os seus dirigentes. Quem é que vai mais querer fazer doação para candidato! Tem que ser aprovado o financiamento público de campanha. Não me venham dizer que cada candidato que assuma as suas despesas de campanha. E os candidatos sem recursos, jamais serão eleitos.