quarta-feira, 8 de abril de 2009

CÉSAR ASFOR CONSIDERA MIDIÁTICAS" OPERAÇÕES DA PF


"O Presidente do Superior Tribunal de Justiça (STJ), ministro Cesar Asfor Rocha, criticou ontem as operações da Polícia Federal, fazendo coro ao presidente do Supremo Tribunal Federal (STF), ministro Gilmar Mendes, embora em tom mais ameno. Asfor Rocha avaliou que há ações deflagradas pela corporação que são “midiáticas” e acabam expondo demais à opinião pública presos que não foram condenados judicialmente. O ministro usou até mesmo um termo cunhado por Mendes. Afirmou que há uma “espetacularização” em algumas operações. “Acho que as operações midiáticas expõem muito as pessoas (presas) quando não há condenação. Isso tem sido motivo de preocupação de todos nós. Realmente existe uma espetacularização em algumas ações”, declarou o magistrado.
Ele também atacou os vazamentos de informação. “Existem alguns processos que deveriam correr em segredo de Justiça, mas são quebrados os sigilos. A execução das determinações judiciais não pode expôr as pessoas. O crime tem que ser combatido, mas, em nome disso, pessoas não podem ficar expostas”, completou Asfor Rocha. As declarações foram dadas após a posse do desembargador aposentado Carlos Fernando Mathias de Souza no cargo de vice-reitor acadêmico da Universidade do Legislativo Brasileiro (Unilegis)."

(Correio Braziliense)

4 comentários:

Ismael Luiz disse...

Claro,que as operações da PF são midiáticas.Só mexem com graúdos.Agora,pergunta pro povão o que está achando do trabalho dos "federais".

ericodias disse...

Curioso, mas só curiosidade mesmo...

O direito a privacidade é um direito humano (ainda que há quem ache que o mesmo não se aplica a pessoas públicas como prefeitos), no entanto se defendermos esse direito para os ladrões de pouca monta somos acusados de loucos defensores dos direitos humanos que não pisam na realidade.

Quando esse mesmo direito é usurpado de ladrões de milhões isso é espetacularização e estado policial.

do consultor juridico reproduzido na coluna do fabi Campos de ontem:
TRÊS PEDIDOS DE HABEAS CORPUS
O caso Daslu: Investigações da Polícia Federal apontaram que a dona da Daslu e o irmão eram suspeitos de usar importadoras para emitir notas fiscais falsas e sonegar impostos. Numa carta apresentada na época da denúncia, um importador propunha declarar à Receita Federal apenas um quinto do valor real das mercadorias. Para o Ministério Público Federal, R$ 1 bilhão teriam sido sonegados. Os acusados receberam sentença de até 94 anos. Passaram 36 horas presos e foram liberados após a concessão de habeas corpus. Vejam os dois casos a seguir: a 2ª Turma do STF negou a aplicação do princípio da insignificância em dois casos que envolviam condenação por furto e por roubo. Os ministros entenderam que não estavam preenchidos os requisitos para a aplicação desse princípio. Um dos acusados foi condenado a quatro meses de reclusão em regime aberto e ao pagamento de 10 dias multa pelo furto de R$ 40... Outro Habeas Corpus negado foi para um condenado de roubo com uso de arma. Ele foi condenado a mais de cinco anos de reclusão em Minas Gerais. O valor da quantia subtraída da vítima nem chegou a ser determinada. Segundo a acusação, o valor foi de R$ 50. Já a Defensoria Pública da União alega que o total foi de R$ 25

Anônimo disse...

Estes peixes graúdos que a polícia federal vem prendendo devem estar pagando altas somas aos famosos escritórios de advocacia de nosso país e todos sabemos da influência que estes tem no nosso judiciário.

Eita Brasil!!!

Cris disse...

O problema com a "espetacularização" das ações da PF, caros comentaristas, é que os preceitos constitucionais não podem ser quebrados nem desrespeitados NUNCA e por ninguém.

Querer justificar as ações sensacionalistas e ilegais da PF em cima de argumentos fajutos, querendo mostrar que "os ricos também choram" é rebaixar as instituições.

Por que nivelar por baixo? Por que não brigar para tentar dar ao pobre o que lhe é de direito pela Constituição? Será que a única saída é essa? Já que não dá pra deixar de dar porrada nos pobres, vamos também tascar porrada nos ricos? Isso é insano, isso é pequeno demais.

Convicções como essas só servem "para evidenciar que ninguém está a salvo da violação de seus direitos constitucionais. O Brasil está se tornando craque em igualar ricos e pobres, poderosos e humildes, segundo A FALTA DE DIREITOS, não segundo A GARANTIA DESSES MESMOS DIREITOS." Assim, em vez de garantir os direitos a qualquer um, vamos acabar logo com os direitos de todos, dessa forma a gente iguala todo mundo e pratica a tal "justissa çocial".

Como bem diz um blogueiro, "Crimes cometidos contra a Constituição são crimes contra o nosso futuro."

PARABÉNS, Ministro César Asfor Rocha!