sexta-feira, 2 de maio de 2008

MINISTÉRIO PÚBLICO QUER BARRAR MARCHA DA MACONHA EM FORTALEZA


Olha o cartaz convocando os brothers!

"O Ministério Público do Estado do Ceará, representado pela procuradora-geral de Justiça, Socorro França, ingressou, hoje (02/05), com uma ação cautelar com pedido de medida liminar urgente contra os organizadores da “marcha da maconha”, divulgada através do sítio “marchadamaconha”, hospedado na rede internacional de computadores (Internet), pedindo a não realização da passeata. Em caso de desobediência, o MP sugere que os autores sejam condenados ao pagamento das custas processuais, conforme os artigos 804 e 805, do Código de Processo Penal (CPP). Os autos já se encontram em poder da juíza da 1ª Vara de Delitos de Tráfico, Lígia Andrade de Alencar Magalhães.
A ação também é subscrita pelos promotores de Justiça de Combate aos Delitos sobre Tráfico e Uso de Entorpecentes: Francisco de Assis Barbosa, José Gilvane Moreira Costa e Francisco Braga Montenegro Netto; pelo titular da 9ª Promotoria de Justiça Cível e da Defesa da Cidadania, Francisco Romério Pinheiro Landim; e pelos promotores de Justiça assessores jurídicos da Procuradoria Geral de Justiça: Luís Laércio Fernandes Melo e Lucila Moreira Silveira. O Ministério Público requer a concessão de medida liminar, determinando a suspensão da marcha da maconha de Fortaleza."

MARCHA - Vem sendo divulglada para o próximo domingo, a partir das 14 horas, na Ponte Metálica, Praia de Iracema.

* Do site do MPE, leia mais aqui.

7 comentários:

Anônimo disse...

É um direito sagrada na Constituição o direito de manifestação e reunião. Que povo retrógado. A Justiça de São Paulo INDEFERIU maldito pedido do Ministério Público de lá. Vejam no sitio: http://ultimainstancia.uol.com.br/noticia/50456.shtml

Se fosse uma passeata da Colonial, Ypioca, Brahma, etc., acho que esses promotores estariam presentes, como muito estão nas micaretas pelo Brasil a fora. Independentemente de gostar ou não da droga é um direito de defender os seus pontos de vistas. Absurdo total, autoritarismo e ditadura da falsa-moral.

Anônimo disse...

Pura hipocrisia!

Anônimo disse...

Eliomar,

O artigo 33, § 2º da Lei 11.343, que institui o Sisnad, é muito preciso:
“Induzir, instigar ou auxiliar alguém ao uso indevido de droga: Pena - detenção, de 1 (um) a 3 (três) anos, e multa de 100 (cem) a 300 (trezentos) dias-multa.”

Por isso, considero que essa marcha da maconha não passa de uma "Apologia às drogas", já que a maconha é considerada droga ilícita pela Lei brasileira.

Se assim for, num paralelo radical mas bem significativo, teríamos que considerar que as pessoas têm direito de marchar contra a lei que criminaliza a pedofilia, dentro do mesmo argumento de que temos de respeitar a liberdade de quem pratica tal crime. A livre expressão é como o nome bem diz: LIVRE. Mas ela tem limites éticos.

Existe uma outra questão: o consumidor de droga é parte integrante da cadeia do tráfico e, portanto, da violência e do crime organizado. Esse fato foi muito bem mostrado por José Padilha no filme Tropa de Elite. Dizer que legalizar a maconha diminuiria a violência é ingenuidade ou má-fé.

Essa marcha da maconha toca num flagelo social: a destruição de famílias que assistem impotentes seus filhos enveredarem pelo caminho das drogas, no qual a maconha é apenas a porta de entrada.

Que o Brasil não queira repetir o exemplo da Holanda, que cedeu e virou o paraíso de drogados de todos os cantos da Europa que correram para lá, e hoje tem suas ruas e praças imvadidas por andarilhos, viciados terminais e zumbis, arcando com uma despesa astronômica com serviços públicos de atendimento médico de emergência e internação hospitalar, segurança, programas sociais como distribuição de seringas para drogados etc.

JUÍZO, Brasil!

Carol

Anônimo disse...

Eliomar,

se houver alguma marcha de mulheres em favor da legalização do aborto, o MP terá também que entrar com medidas cautelares.

Se houver marcha de GLBTT pela constitucionalização das relações homoafetivas, o MP terá que entrar com medida cautelar.

Se houver uma marcha de mulçumanos pela descriminalização da bigamia, o MP terá que entrar com medidas cautelares.

Sinceramente, penso que dentro dos limites da normalidade as pessoas devem sempre poder expressar seus pensamentos, sob pena de recrusdecer a inquisição.

O MP tem muito mais o que fazer, investigar a responsabilização do Governador no uso indevido de dinheiro, retirar as dezenas de crianças que varam madrugadas como pedintes nos semáforos, retirar as meninas que ficam se prostituindo às margens das estradas, etc.

Será que para tudo isso teremos que ver outros órgãos ou a própria sociedade tomar a frente.

Olhaí o Deputado Heitor passou dois meses gritando pra o MP fazer alguma coisa, olhaí a Defensoria que entrou com ACP em dois casos, a termoelétrica do Pecém e a superlotação carcerária...

Na Bahia o MP entrou com ação contra um Rei Momo que era muito magro, tinha que ser gordinho... vou te contar.

Gente, o MP tem mais o que fazer, isso aí é só pra tirar o foco das gravíssimas chagas da sociedade, cujo papel de combate é do MP.

Tenho dito!

Anônimo disse...

O anônimo falou e disse!
é muita hipocrisia e falta do que fazer vc proibir o direito das pessoas à se manifestarem.

Anônimo disse...

Carol, só uma diferença. O pedófilo invade o espaço de outra pessoa, o maconheiro não.

Matar, roubar, estuprar ou coisas do tipo são crimes que interferem necessariamente na vida de outro ser humano. Para fumar maconha ou usar a droga que for eu não preciso incomodar ninguém.

Bela hipocrisia desses bananas, se entopem de remedios, por vezes aprovados sob forte lobby das indústrias farmacêuticas, e cheios de substâncias nocivas à saúde ou passam por cima da lei para livrar a cara de um parente que bateu o carro dirigindo embriagado, mas botam uma venda nos olhos, nos ouvidos e no cérebro quando o assunto é direito privado.

Acorda Brasil.

Anônimo disse...

Carol, me diz outra coisa; quem iria comprar a sua droga na mão do traficante se ela está à venda com uma qualidade muito superior na esquina? Quem alimenta o tráfico é a proibição, ou esqueceu da lei seca e do Al Capone, não um filme, mas vida real.

Drogas proibidas e temos um problema de segurança pública, liberadas e temos um problema de saúde pública. No segundo caso sofre quem usa, no primeiro sofre todo mundo, quem usa e quem não usa.

Você pode se matar de beber ou de fumar cigarro, mas não pode fumar maconha ou o que quer que seja pq alguém, não quiz.

Você trata a maconha como uma coisa do outro mundo, o moleque prova, vê que é besteira e acha que o resto (cocaína, crack, heroína) também é.

A Holanda continua com os seus cafés vendendo a maconha, e nós, com a proibição, tendo as nossas despesas astronômicas com segurança pública e alimentando o tráfico de armas, essas não escolhem as suas vítimas, chegam erm quem estiver passando.

Para de ler Adelaide Carraro e observa o mundo ao seu redor. Se alguém tem problemas na família por causa de um jovem drogado, é uma pena, mas triste mesmo é ver uma família destroçada por conta da morte de um membro atigindo pelas balas compradas com o dinheiro que é gerado com essa proibição.