quinta-feira, 5 de março de 2009

CASO BATTISTI - MARIA LUIZA DEPÕE NESTA QUINTA COMO TESTEMUNHA DE DEFESA

"A ex-prefeita de Fortaleza, Maria Luíza Fontenele, presta depoimento hoje na sede da Justiça Federal cearense sobre o caso Cesare Battisti. Ela é aguardada às 16 horas e defenderá o italiano das acusações de entrar no Brasil portando documentos falsos depois de fugir da Europa apontado como autor de quatro assassinatos no fim dos anos 70. Durante todo o mês de fevereiro, Maria foi instruída pelos advogados de Cesare e agora vai fazer o que chama de “ato de solidariedade”. “Precisamos ser solidários às pessoas perseguidas”, afirmou ela, referindo-se ao fato dele ter recebido status de refugiado político no Brasil e a Itália contestar a decisão, exigindo a extradição do acusado sem levar em consideração a soberania do Judiciário do País.
A ex-petista rebateu as afirmações de que Battisti é terrorista e classificou como desrespeito a postura do primeiro-ministro italiano, Silvio Berlusconi, em insistir na aplicação de uma punição a Cesare. Para ela, estão tentando confundir a opinião pública no sentido de retardarem a apreciação de recursos apresentados pela defesa.
Indicada pelos advogados devido à sua atuação em prol da anistia, Fontenele chegou a encabeçar a campanha “Libertemos Cesare! Libertemo-nos!”. A idéia era convocar a população a ir à sede da Justiça fazer pressão por Battisti. Além disso, ela já organiza uma caravana rumo a Brasília com o intuito de solicitar o apoio da Ordem dos Advogados do Brasil (OAB), do Supremo Tribunal Federal (STF) e do Congresso Nacional para Cesare não deixar o País. “Sempre acreditamos que o impossível pode acontecer dependendo da articulação das idéias. Estamos chamando todos a somarem conosco. Não queremos que se repita o que aconteceu com a Olga (Benário Prestes, entregue ao regime nazista pela ditadura de Getúlio Vargas para ser morta)”, complementou."

(Jornal O Estado)

Um comentário:

Anônimo disse...

De fato sera o mesmo erro cometido pelo STF durante a ditadura do Getulio no caso Olga Benario.