terça-feira, 31 de março de 2009

CNI É CONTRA REDUZIR JORNADA DE TRABALHO


O presidente da Câmara, Michel Temer, recebe agenda de Monteiro (CNI)

A agenda legislativa da Confederação Nacional da Indústria (CNI), apresentada nesta terça-feira, em Brasília pelo presidente da entidade, Armando Monteireo, às cúpulas do Congresso, deixou clara um ponto: o empresariado do setor é contra a proposta de redução da jornada de trabalho. Essa é uma das principais reivindicações das centrais sindicais, iniciativa vista como incentivo à ampliação de contratos de trabalho pelo país.
Diz trecho da agenda divulgada pela CNI: "A proposta de redução da jornada de trabalho para 40 horas confronta a tendência internacional mais recente, ignora as diferenças de produtividade existentes entre empresas e setores e também a experiência negativa dos países que adotaram esta iniciativa".
Para o empresariado, a redução da jornada não gera os efeitos pretendidos sobre a criação de empregos. Ao contrário, amplia a informalidade e impacta negativamente na competitividade das empresas como deixa claro outro trecho da agenda:
"A indústria defende que a redução da jornada não pode ser universal e sim resultado de acordos e ngociações coletivas".



(Site CNI)

2 comentários:

Pedro Albuquerque disse...

O empresariado, a começar do supostamente mais moderno, sempre na contramão dos avanços sociais. Mas a realidade do contexto histórico e do avanço das forças produtivas se sobreporão às relações sociais de produção que já se tornam anacrônicas, tal como previu, em 1848, aquele maluco barbudo que está mais vivo que nunca como uma ave agourenta a causar espantos e surpresas. Pedro Albuquerque.

ericodias disse...

o quase-capitalismo brasileiro está alicerçado na super-exploração do trabalho, isso está diante dos nossos olhos basta querer ver.

No Brasil os trabalhadores domesticos tem sua senzalinha, a dependencia, para morar no trabalho; o sistema de trasnporte contempla apenas linhas que levam aos corredores comerciais; até pouco tempo o direito à saúde era restrito aos empregados formais; praticamente só empresas públicas dividem os lucros com trabalhadores; aqui a educação para o trabalho é vista como oposta de uma formação lúdica e cientifíca...