Pedro Ribeiro (PMDB), que coordena a bancada evangélica na Câmara, avisa: não dorme enquanto não vir derrubado projeto de lei de nº 122, que estipula pena de dois a cinco anos de prisão para atos preconceituosos contra homossexuais. “Não é nada pessoal, mas essa pena é absurda”, diz Ribeiro.
Entre vários aspectos do projeto, que já passou na Câmara e começa a tramitar no Senado, Ribeiro cita certos exageros:
"Se um homossexual for atrás de um emprego e ele perceber que esse direito lhe foi negado, pode ir ao Ministério Público denunciar que houve preconceito. Isso pode virar um problema para o empresário, que terá que provar o contrário. Esse processo pode dar uma pena de dois a cinco anos de reclusão para o empresário".
O parlamentar adianta que uma outra frente de luta que a bancada evangélica abriu no Congresso é contra a legalização do aborto. "Nesse esforço, estamos com a Igreja Católica", avisou Ribeiro.
19 comentários:
Não é nada pessoal, mas o Estado é laico. Não durmo enquanto não verem derrubadas injustiças como as propostas pelas bancadas religiosas Brasil afora.
Esse deputado é pastor atrasado e reacionário. Vai pevalecer a luta dos homossexuais sim e contra esse falso moralismo.
O Estado de Vermont, nos EUA, através de sua câmara legislativa derrubou veto do governador do Estado a um projeto de lei que garante aos homosexuais o direito ao casamento. Com o veto derrubado por ampla maioria, torna-se, dessa forma, legal o casamento entre gays. Os que se opõem a isso alegam que a lei de Deus obsta essa união, que Deus criou a mulher e o homem para promoverem a procriação. Ora, os parlamentos não são casas de Deus, nem os deputados representam Deus. Aliás, política não é atividade para santos, nem se rege pelos preceitos do Sermão da Montanha. Tampouco a relação homem- mulher se reduz ao ato de procriar. As pessoas podem se unir simplesmente pelo desejo do prazer, do viver juntos, do amar. Ademais, essa tal de lei de Deus nada tem de divina porque é lei dos homemns e não de Deus. São os preconceitos arraigados, o conservadorismo doentio, o atraso mental e social que comandam essas chamadas leis de Deus. Igreja nada tem a ver com Deus. Tampouco religião. O Brasil precisa seguir o caminho de Vermont e ir mais longe: deve permitir que crianças possam ser adotadas por casais homosexuais ou por celibatários gays. PEDRO ALBUQUERQUE
Vai cuidar da tua vida seu...
Tem razão o parlamentar. É um precedente muito grave. A gente não vai mais poder nem brincar com esse povo, que pode até ser preso. Aliás, homossexualismo é doença como disse o falecido dom Aloísio Lorscheider. A gente tem que ter pena dessa gente e compreender.
Landim, teu comentário é tão pobre que qualquer individuo mesmo com pouca formação politica se nega a responder. A retórica do Pedro é fantástica. O Estado deveria ser ou não laico? Ano que vem é ano de eleições e um bom momento para responder a bancada reacionária e conservadora desse país dando voto não a esse pastor que de cristâo nao tem nada.
Landim,quando você escutou Dom Aloísio dizer que homossexualismo é doença?Desconheço isso.Acho engraçado quando essa gente,pastores,padres,etc, citam sempre as leis de Deus.Ora,mostrem-me que Deus escreveu tais leis.Os homens vem dizendo,através do tempo,porém,nenhuma dessas "verdades" foi comprovada.Acredito em Deus sim,não no que os seus "pseudo representantes" dizem.Além do mais,Deputado,rara é a família ou religião, que não tem um homossexual,seja homem ou mulher,declarado ou enrustido.A classe é unida,deputado,embora não pareça.E voto homossexual,também elege ou não,um deputado.Por falar nisso,Deputado,qual o seu projeto,importante para o Estado,está a beneficiar a população?
Lembremos de St. Polten, o seminário austríaco de orgias homossexuais entre padres católicos e aspirantes. Era caco de gay pra todo lado!
http://www.traditioninaction.org/bev/056bev7-20-2004.htm
E não esqueçamos dos padres pedófilos...
Trata-se de uma atitude "enrustida"
Nada pessoal, mas o "senhor" deveria ser menos "abestado"!
Dizer que a lei é ruim porquê não poderemos mais fazer "aquelas brincadeiras com os gays" é um dos poucos argumentos que quase me fazem ser a favor de uma lei dessas. Trata-se de uma questão de respeito ao ser humano. No entanto, num sentido muito mais amplo, quero replicar nosso nobre Pedro Albuquerque dizendo que o argumento ligado à divindade do casamento entre homem e mulher é muito forte mas não é único. Se alguém julga que a religião invade a esfera privada é preciso notar que, antropologicamente, a união homossexual determinaria o fim da raça humana. É uma questão de perpetuação. É uma questão de papéis definidos desde o nascimento. Nesse ponto, a união homossexual é uma excrescência. Não faz parte da natureza humana. Perverte o sentido da vida. Tumultua o já tumultuado mundo em que vivemos. Confunde papéis. Subverte o sentido natural das coisas sob o manto de "falso moralismo". Utiliza o sentido de "retrógrado" a favor de um "direito" que, esse sim, tornaria o homem ainda mais animal do que já tem se tornado, reduzido ao mundo dos instintos. Tenho amigos e familiares homossexuais os quais amo e respeito profundamente. Mas a tutela legal para suas práticas me parece muito acima do aceitável. É preciso definir normas mais razoáveis do que simplesmente aceitar a união homossexual como um direito natural.
É ridículo estes parlamentares evangélicos quererem levar suas crenças absurdas para o parlamento.Nada mais justo uma lei federal que puna agressores a homossexuais. Que nas próximas eleições o povo repense o seu voto e expurgue estes alienados espertos que manipulam a opinião pública.
Paulo, leia este texto da Bíblia:
(I Timóteo 1:9) - "Sabendo isto, que a lei não é feita para o justo, mas para os injustos e obstinados, para os ímpios e pecadores, para os profanos e irreligiosos, para os parricidas e matricidas, para os homicidas,
(I Timóteo 1:10) - Para os devassos, para os sodomitas, para os roubadores de homens, para os mentirosos, para os perjuros, e para o que for contrário à sã doutrina,"
O Aurélio define SODOMIA como:
1. Conjunção sexual anal, entre homem e mulher, ou entre homossexuais masculinos.
Vejam também:
I Coríntios 6
9 Não sabeis que os injustos não hão de herdar o reino de Deus? Não erreis: nem os devassos, nem os idólatras, nem os adúlteros, nem os efeminados, nem os sodomitas,
10 nem os ladrões, nem os avarentos, nem os bêbados, nem os maldizentes, nem os roubadores herdarão o reino de Deus.
11 E é o que alguns têm sido; mas haveis sido lavados, mas haveis sido santificados, mas haveis sido justificados em nome do Senhor Jesus, e pelo Espírito do nosso Deus.
É muito salutar essa discussão e quanto mais aberta, democrática e plena de alteridade, mais vamos descobrindo pontos de luz que iluminam nossa compreensão em torno dessa questão. Sugiro a todos e a todas, especialmente aos (às) que usam argumentos contra a homosexualidade fundados nas chamadas "leis de Deus", a consulta a uma excelente abordagem sobre o assunto feita por estudiosos cristãos. Ofereço a vocês o RESUMO da obra: "Nestas páginas vamos tentar rever todas as passagens bíblicas relevantes que são conhecidas por supostamente condenarem a homossexualidade e o homossexualismo. Nós tentaremos identificar as bases históricas da homofobia. Vamos dar uma rápida olhada nos problemas encontrados pelos pesquisadores ao interpretar o que os autores originais quiseram nos dizer a respeito de Deus e dos seus desígnios e desejos para o. Começaremos por perguntar e responder algumas questões.A Bíblia condena a homossexualidade? Se você cresceu na tradição Judaico-Cristã, é bastante provável que você tenha aprendido que a resposta para esta questão seja sim. Entretanto nós vamos juntos, explorar a Bíblia e descobrir que não só não há nenhum tipo de condenação à homossexualidade; como é conhecida nos dias atuais, mas também iremos descobrir que a Bíblia contém muitas passagens que são afirmações positivas de amor, compaixão e heroísmo em relação aos homossexuais."
FONTE: Bíblia e a Homossexualidade – tradução do original de “Bible and Homosexuality” do site “Freeing the spirit”, ICM-Rio de Janeiro/ Célula Bangú–tradutor: José Luiz V. Silva –
VEJAM EM :
http://mundofilosofico.arteblog.com.br/5551/Homosexualismo-e-a-biblia-partes-1-e-2/
PEDRO ALBUQUERQUE
"essa tal de lei de Deus nada tem de divina porque é lei dos homemns e não de Deus".Acorda rapaz!Quem fez o homem foi Deus.Ele,Deus te fez,e fez o homem e depois criou a lei para vivermos debaixo dela,se vc quiser ir morar eternamente com Ele,Deus.Mas se vc quer viver como quer pois sem se submeter a lei de DEus,vc vai morar eternamente em outra morada,no inferno,lá o dono é outro,como diz a Bíblia sofre a ranger de dentes eternamente.Pois Deus te fez e a nós "imagem e semelhança Dele,ETERNOS.Viu como Deus é bom,mas tu é tão mal,tão mal, que quer jogar a tua alma no inferno,desobedecendo a Ele e a Lei Dele,que a nós só faz o bem.O exemplo disso é a "Vida Eterna",ao contrario e as Cadeias Eternas,o inferno.
"Natureza humana" é um conceito já amplamente debatido e batido nas Ciências Humanas. Aliás, ele sim remete aos instintos mais primitivos do homem, não a homossexualidade. Dizer que a união homossexual determinaria o fim da raça humana é o mesmo que afirmar que homens e mulheres cuja escolha pela solteirice em muitos casos implica não ter filhos também conduziria a esse resultado. É um argumento baixo, pobre, ridículo. Igualmente, seria defender que a legalização da união entre pessoas do mesmo sexo necessariamente cessaria a heterossexualidade, o que se constitui em um discurso mais baixo, mais pobre e mais ridículo ainda. Se os sistemas sociais - dentre os quais, os sócio-sexuais - funcionam a partir de papéis, são eles construídos no decurso da vida e cada indivíduo se adequa àquele cabível dentro de suas relações sociais e suas técnicas de sobrevivência. Ademais, nenhum direito do homem é natural fora do pensamento religioso. Fosse o contrário, todos os movimentos políticos da história não teriam existido. Por fim, esse discurso de ter amigos homossexuais e amá-los, porém desejar, defender e trabalhar em prol de medidas que só os prejudicam é das piores manifestações de cinismo. A partir desse raciocínio, certamente um marido poderia sentenciar: "Amo minha esposa e as mulheres de minha família, porém, tão logo alguma delas cometa adultério, a agressão física deve ser apresentada como punição à sua conduta sexual muito acima do aceitável." Felizmente, as mulheres, pelo menos em parte do mundo, trataram de redefinir seus papéis na sociedade, combatendo louvavelmente uma provável "natureza inferior" proveniente de sua origem da costela de um homem e as derivações que tal cruel pensamento trouxeram.
Meu preclaro Luis Arthur Silva, não costumo colocar palavras nas bocas das pessoas. Como não sou o dono da verdade(que eu pensei que não existia até o momento que o conheci) não me refiro à opinião de outras pessoas como ridícula, cínica, baixa ou pobre, muito embora, sob meu ponto de vista, o sejam. Quero esclarecer que não considero nenhuma mulher de "natureza inferior". Não considero que a agressão física seja punição para adultério muito embora ela sempre aconteça de outras formas(ou o adultério deve também ser tutelado como direito?). Quanto aos meus sentimentos, eles são sinceros. Não aceitar a liberalização de certos "direitos" não significa lutar pela opressão, discriminação, marginalização ou segregação de homossexuais. Acredito em um mundo livre e aceito todos os desafios que isso significa. Estamos em meio a um deles, que é o de definir os limites do razoável, e uma boa conversa sempre ajuda a construir o pensamento.
Kilmer, não pus palavras na sua boca. Tamanho autoritarismo felizmente passa longe de minha personalidade. Simplesmente realizei deduções as quais julguei plausíveis a partir de uma determinada linha de raciocínio que você apresentou. Discordar, certamente, é um direito seu e assim deve permanecer. Tanto quanto uma boa conversa, apreciações também fazem parte da formulação de idéias e, portanto, de ciência. De maneira semelhante, você interrogou se adultério deveria concretizar-se em um direito. Lamento, em todo caso, se em algum trecho pareci particularizar a questão, ofendendo a você, enquanto sujeito, por menos que tenha sido essa minha intenção. Não com o mesmo pesar, todavia, e esclarecidas essas questões, prossigo com as ponderações expostas anteriormente, agregando-lhes as outras opiniões concomitantes, assim como as divergentes, a fim de melhor dialogar com elas, sustentar aquilo que defendi e aperfeiçoar o modo como doravante o defenderei. Assim, acredito, o debate se desenrolará, gradualmente, mais rico e mais saudável. Um abraço.
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