sábado, 20 de outubro de 2007

PREFEITURA QUER O TOMBAMENTO PROVISÓRIO DOS CLUBES NÁUTICO E IDEAL

"Vem uma bomba por aí. Está em execução pela Prefeitura Municipal de Fortaleza o tombamento provisório de alguns patrimônios arquitetônicos da cidade. Uma iniciativa feliz, que acompanha a preocupação da prefeita Luizianne Lins com as referências históricas da cidade, como ocorreu recentemente com o Passeio Público e outros projetos em parceria com o Iphan. Acontece que agora a Fortaleza Bela foi mais longe e promoveu o tombamento provisório do Náutico Atlético Cearense, do Ideal Clube, Colégio das Dorotéias, Santa Casa de Misericórdia, Colégio Jesus Maria José, o Bar Avião - uma referência de Parangaba - e a Casa do Português, na Avenida João Pessoa. São indiscutíveis referências, mas aponta-se alguns complicadores nos dois primeiros casos para a efetivação do intuito da prefeita.

Os tombamentos do Náutico e do Ideal envolvem questões de natureza patrimonial e arquitetônica diferentes dos demais. Trata-se de considerar o fato de que os clubes pertencem aos seus sócios - que são milhares - e portanto afeta bens de muitas pessoas, na medida em que a gestão patrimonial passa a obedecer ordenamentos da lei municipal sobre o assunto. Qualquer retoque de reboco tem de ser autorizado pelos órgãos de plantão. E afinal, o que alcança a medida do município: o tombamento das referências arquitetônicas, como as fachadas externas, ou de quebra abrange também quadras, piscinas e outras áreas de práticas esportivas? Complicado. Os clubes discutem com a Funcet (Fundação de Cultura, Esporte e Turismo), os efeitos do tombamento provisório quanto a essas questões. Mas a cidade certamente admira e gostaria de ver protegidas, para sempre, essas imagens de uma Fortaleza antiga que, aos poucos, esfumaçam dos nossos sentidos."

Da Coluna De Olho no Dinheiro, do O POVO deste domingo, leia mais aqui

Um comentário:

Anônimo disse...

O Náutico possui uma divida impagável com o Patrimônio da União, beira a milhões, então os sócios estão endividados até o pescoço