Os integrantes do Conselho de Defesa dos Direitos da Pessoa Humana (CDDPH) decidiram, durante reunião realizada nesta terça-feira (13), reforçar junto à Procuradoria Geral da República o pedido já encaminhado pela OAB-Ceará para que as investigações dos crimes cometidos por policiais no Ceará sejam federalizadas. O CDDPH é um órgão da Secretaria Especial dos Direitos Humanos, vinculada ao Ministério da Justiça. Além disso, o CDDPH vai solicitar ao Ministério da Justiça uma força-tarefa da Polícia Federal no Ceará e vai criar uma subcomissão no Estado, com o objetivo de acompanhar a apuração desses crimes. A comissão terá representação da OAB-CE, Ministério Público Estadual e Federal, Secretaria da Segurança Pública e comissões de Direitos Humanos da Câmara Municipal e da Assembléia Legislativa.
A reunião desta terça-feira contou com a participação do presidente da OAB-CE, Hélio Leitão; do procurador-geral da República no Ceará, Francisco de Araújo Macêdo Filho; do promotor de Justiça Pedro Olímpio e de Nelson Benevides, pais dos dois médicos que foram assassinados por um policial, no município de Iguatu. Ele fez um relato emocionado sobre a morte dos filhos e pediu que seja feita justiça. De acordo com o presidente da OAB-CE, Hélio Leitão, foram relatados alguns casos considerados mais graves, como o erro na abordagem de uma Hilux, no qual três pessoas ficaram feridas; a prisão ilegal e a chacina de dois em frente ao hospital Gonzaguinha, no bairro da Parangaba; e a morte por engano de dois agricultores confundidos com pistoleiros, no município de Iguatu. Foi tratado ainda a possível existência de um grupo de extermínio na polícia cearense.
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