sexta-feira, 16 de novembro de 2007

LULA, CHÁVEZ E O CASO DO TERCEIRO MANDATO



Eis o artigo do jornalista Clóvis Rossi, da Folha de São Paulo, que divulgamos para reflexões nesta sexta-feira com cara de feriado imprensado:

"Vale para Chávez, vale para Lula

Depois que Luiz Inácio Lula da Silva decretou que era "bravata" tudo o que passou a vida dizendo quando estava na oposição, o bom senso recomenda que se tomem com pinças todas as suas declarações. Podem ser desclassificadas depois, ao sabor das conveniências. É o que acaba de ocorrer com a sua tese -de resto correta- de que é "brincar com a democracia" a tentativa de seus bajuladores no PT de forçar um terceiro mandato. Todas as declarações que Lula fez anteontem a propósito dos esforços de seu amigo Hugo Chávez para perpetuar-se no poder servem, à perfeição, para o próprio Lula. Se ninguém reclamou de que François Mitterrand, por exemplo, ficou 14 anos na Presidência da França, por que deveria reclamar se Luiz Inácio Lula da Silva ficar 12 anos na Presidência do Brasil (ou 16 ou 20 ou até morrer)? Claro que o argumento parte de uma premissa falsa. Mitterrand não mudou as regras do jogo com ele em andamento para permanecer 14 anos no Eliseu. A regra era um mandato de sete anos com direito à reeleição. Ponto. Se também ninguém reclamou por Felipe González ter ficado 14 anos como presidente do governo espanhol, ninguém deveria reclamar se Lula ficar um pouco mais ou um pouco menos, certo? De novo, a premissa é falsa. A regra do jogo na Espanha é o parlamentarismo que pressupõe, sim, reeleições indefinidas, mas com a hipótese de um voto de desconfiança derrubar o governante até no primeiro ano, sem qualquer trauma, o que não acontece no regime presidencialista. Ao contrário do que diz Lula, o problema não é "a continuidade". É, entre tantos outros, mudar a regra do jogo depois de ter jurado defendê-la. Mas, como se viu desde que renegou todas as "bravatas" de oposicionista, desdizer o que disse não é problema para Lula."

2 comentários:

Anônimo disse...

A esquerda golpista já trama nos porões da clandestinidade mais um golpe. O Apedeuta prepara sua campanha para ditador, rasgando a Constituição e premeditando a morte da Democracia.

Não é sem motivo que o tiranete Hugo Chaves e Lulla são tão íntimos e aliados. Os porcos gostam de chafurdar na lama, né?

Espero que as instituições no Brasil estejam fortalecidas o suficiente para evitar este duro golpe contra o Estado de Direito e as liberdades. Na Venezuela o povo já começa a reagir, embora não sei se tardiamente. Aqui, com o exemplo que estamos vendo acontecer na Venezuela, talvez possamos evitar esta catástrofe.
Deus permita. Mais um mandato destes incomPTentes, que vivem do do patrimônio alheio e sobrevivem da miséria dos desdentados, a quem tratam com bolsa-esmola e pouca escola, iremos pra rabada das nações deste planeta.

Bruno

Anônimo disse...

Eliomar,

O DEM lançou uma nota repudiando a defesa que o Lulla fez do ditador Chavez, por considerar tamanhas sandices uma ameaça à democracia brasileira.

ATÉ QUE ENFIM UMA OPOSIÇÃO FIRME CONTRA OS ABUSOS PETISTAS.

Segue a íntegra da nota:

"Por entender que, ao defender a continuidade de Hugo Chávez no poder com base em plebiscitos, o presidente Lula da Silva fez a mais grave ameaça à democracia brasileira desde que assumiu o mandato, o Democratas vem a público para:

1) repudiar a sociedade do presidente da República e do governo com o ditador da Venezuela, Hugo Chávez, por considerar que esta aliança ameaça a democracia e o Estado de Direito, além de ser contrária e nociva aos interesses do povo brasileiro;

2) denunciar ao país que, ao avalizar e tentar conferir legitimidade ao governo ditatorial de Hugo Chávez, o presidente Lula emite sinal verde a golpistas que estão urdindo emenda à Constituição para impedir a alternância de poder no Brasil, a exemplo do que foi feito na Venezuela;

3) reafirmar que o prazo do mandato do presidente Lula está definido na Constituição da República e que propostas espúrias para mexer neste prazo serão tratadas pelo Democratas como aquilo que realmente são: tentativas de golpe de Estado para extinguir a Democracia e o Estado de Direito com o objetivo de instalar uma ditadura no Brasil;

4) antecipar que as bancadas democratas na Câmara e no Senado rejeitarão toda e qualquer manobra para enfraquecer o Congresso Nacional e conduzir o país à margem da Lei e do Estado de Direito;

5) reafirmar que o Democratas vota contra o ingresso da Venezuela no Mercosul porque o Mercado Comum exige a credencial democrática dos países membros, requisito que o ditador Hugo Chávez subtraiu do seu País e do seu povo;

6) e, por fim, manifestar total solidariedade aos valentes venezuelanos que enfrentam o governo antidemocrático de Hugo Chávez na Venezuela.

Brasília, 15 de novembro de 2007

Rodrigo Maia - Presidente"