Em seu Blog neste domingo, o ex-governador Lúcio Alcântara (PR) faz uma avaliação sobre o governo Cid Gomes (PSB) afirmando que ele pegou uma herança equilibrada, mas que, para fazer poupança, restringe, de forma excessiva e perversa, os gastos penalizando servidores e degradando serviços como segurança e saúde. Confira:
"Saldo
A imprensa nacional divulgou ha poucos dias matéria mostrando a saúde financeira dos estados, inclusive o Ceará. O Governo do Estado alardeia todos os dias o volumoso montante de que dispõe em caixa. A boa situação de hoje só é possível pelo trabalho feito na administração anterior e a excelente condição do tesouro por ocasião da transferência do poder. Não fora assim não haveria como acumular recursos e obter de agências financeiras internacionais, e do Tesouro Nacional, anuência para contratar vultosos empréstimos. O equilíbrio das contas públicas e a acumulação de reservas é uma prática saudável. O que deve ser questionado é o limite da poupança, e como ela se constitue sem impor sacrifícios insuportáveis ao povo. No nosso caso o governo aproveitou uma herança favorável e impôs restrições de gastos que considero excessivas, e até perversas. O saldo foi feito mediante a degradação dos serviços públicos essenciais, notadamente segurança e saúde. Recupera-los será difícil e oneroso. Funcionários públicos exerceram cargos de chefia por meses sem serem remunerados para tal, as obras foram paralizadas, e sua retomada tem sempre um custo adicional, fornecedores e empreiteiros deixaram de ser pagos, a máquina parou. O reajuste dado ao funcionalismo estadual foi o menor dos últimos anos, e programas são interrompidos sob a alegação de que não ha dinheiro. A voracidade poupadora deixa um rastro de sofrimento, dor e morte, que penaliza sobretudo os mais pobres, os que recorrem aos serviços do estado. Essa é uma dívida que uma vez contraida com a sociedade não irá se apagar da memória das pessoas devido suas penosas consequências."
"Saldo
A imprensa nacional divulgou ha poucos dias matéria mostrando a saúde financeira dos estados, inclusive o Ceará. O Governo do Estado alardeia todos os dias o volumoso montante de que dispõe em caixa. A boa situação de hoje só é possível pelo trabalho feito na administração anterior e a excelente condição do tesouro por ocasião da transferência do poder. Não fora assim não haveria como acumular recursos e obter de agências financeiras internacionais, e do Tesouro Nacional, anuência para contratar vultosos empréstimos. O equilíbrio das contas públicas e a acumulação de reservas é uma prática saudável. O que deve ser questionado é o limite da poupança, e como ela se constitue sem impor sacrifícios insuportáveis ao povo. No nosso caso o governo aproveitou uma herança favorável e impôs restrições de gastos que considero excessivas, e até perversas. O saldo foi feito mediante a degradação dos serviços públicos essenciais, notadamente segurança e saúde. Recupera-los será difícil e oneroso. Funcionários públicos exerceram cargos de chefia por meses sem serem remunerados para tal, as obras foram paralizadas, e sua retomada tem sempre um custo adicional, fornecedores e empreiteiros deixaram de ser pagos, a máquina parou. O reajuste dado ao funcionalismo estadual foi o menor dos últimos anos, e programas são interrompidos sob a alegação de que não ha dinheiro. A voracidade poupadora deixa um rastro de sofrimento, dor e morte, que penaliza sobretudo os mais pobres, os que recorrem aos serviços do estado. Essa é uma dívida que uma vez contraida com a sociedade não irá se apagar da memória das pessoas devido suas penosas consequências."
Vamos nós: O que diria dessas colocações o secretário da Fazenda, Mauro Filho, que, por sinal, era secretário da Administração do então governo Lúcio Alcântara? Vai ficar calado ou reconhecer que sua política de contenção de despesas é mesmo de arrocho?
5 comentários:
Alguém tem que falar para o CID GOMES, que administrar o Ceará não é administrar uma empresa privada não! Ele tem que respeitar as leis e os servidores em geral. Já é fato que o CID GOMES é contra a PEC 487/2005, que dá autonomia às defensorias públicas estaduais, tanto é que ele foi pessoalmente a brasilia tentar barra a votação da PEC da Defensoria Pública. Já tem um movimento dentro da defensoria publica, desgostoso com esse governo. O lúcio Alcântara demorou 03 anos para criar problema com a defensoria pública do ceará, e o CID GOMES nem um ano completo tem, e já é conhecido no brasil inteiro , como O GOVERNADOR QUE TENTOU BARRAR A VOTAÇÃO DA PEC DAS DEFENSORIAS PÚBLICAS. Governador, o senhor está muito bem e obrigado,viu!!!
Eliomar,
Caixa 2 feito com doações sem o devido registro já é crime. E o que dizer de Caixa 2 às custas da fome e da exploração da população? Pra mim devia ser classificado como crime hediondo.
Os caras prometem mundos e fundos, ganham o voto da população, e depois de eleitos, dão uma pomposa banana pra todo mundo. O luxo e as extravagâncias deles estão garantidos. O resto, cabe naquela história:
"Estando bem eu e meu cavalo alasão, não que nem saber se esta égua pari ou não".
E tome arrocho e banana pro povo.
Cris
Inclusive todos os novos recursos de financiamento que já estão entrando no caixa do tesouro estadual, são resultantes de negociações anteriores e cumprimentos da exigências determinadas pelo agentes nacionais e internacionais: Recursos SWAP/ Banco Mundial. Recursos PRODETUR II/ BID. Recursos Programa Cidades do Ceará/ Banco Mundial. Recursos Ceará Rodovias III/ BID e outros. A história do equilíbrio das contas públicas e da habilitação para novos financiamentos precisa ser melhor explicitada.
Isso demonstra mais ainda a mentira dos primeiros dias de mandato, quando o novo governo afirmou que não havia dinheiro. Eles deviam trabalhar! O Cid Gomes só faz viajar por aí de jatinho alugado. Essa nova forma de administrar é muito interessante.
Cadê o Mauro Filh mesmo nessa historia? Ele posa de herói do controle de gastos, mas vive adotando postura monetarista que não dispena arrocho. Vai se calar ou não tem mesmo argumento?
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