sábado, 10 de maio de 2008

SEM-TETO (?) DEIXAM CAMPUS DO PICI DA UFC

E voltamos revoltados. A bagunça de espertalhões que, há 17 dias, haviam invadido área do Campus do Pici - ufa! - acabou neste sábado. Sem traumas nem violência, mas deixando um rastro de prejuízos para a Universidade Federal do Ceará (fala-se em R$ 1,7 milhão).
Uns sem-teto invadiram o local, mas sob olhares do Batalhão de Choque e até de um helicóptero do Ciopar, sairam pacificamente.
Mais um absurdo que se permitiu nessa nossa cidade tão castigada.

4 comentários:

José Sales disse...

Os "sem tetos" sairam do Campus PICI/ UFC mas prometem voltar em 90 (noventa) dias se a Universidade não comprovar que as terras do Campus sao ralmente de sua propriedade. E frente a tudo isto, a Prefeitura de Fortaleza nada pronuncia apesar de ter um cadastro integralizado na HABITAFOR de que precisa ou não realmente de moradia na cidade. E o Governo do Estado segue a mesma linha de omissão.

José Sales disse...

Algumas da "lideranças" claramente identificadas fizeram da invasão do Campus, meio de vida. O Campus PICI tem sido invadido desde 1991 e posteriormente comercializado. Sabem disso a HABITAFOR e a Secretaria das Cidades, que tem um setor de Habitação Social que há algum tempo identificou esta tipologia de ação. Esta diagnosticado no PDH/ Plano Diretor de Habitação do Estado do Ceará, feito entre 2003/2004.

José Sales disse...

Na realidade este assunto é um grande tabu, em nossa cidade. O "Efeito Movimentos Sociais" assusta a todos os gestores, quer estaduais, quer municipais, assim como os legisladores de ambas as casas municipal e estadual. Como não existe uma política efetiva de requalificação da habitabilidade em nossa cidade, que seria um pouco diferente, de ações de doações eventuais de moradias, para quem consegue entrar nos cadastros municipal ou estadual, todo mundo sempre fica pisando em ovos.

José Sales disse...

A situação é nebulosa que uma das grandes linhas recomendadas pelo Estatuto da Cidade e financiada pelo Ministério das Cidades que seria da regularização fundiária, ou do papel da casa, está inerte, em nossa cidade. Parte do cadastro geral já está configurado há mais de quatro anos, nada se resolve. Tanto a HABITAFOR, como a Secretaria das Cidades patina neste ambito. E continuam, ambas, a produzir unidades habitacionais, para "doação". Vide um novo bairro que está sendo construído nas imediações da Cidade 2000, com quase 2.000 casas ou 10.000 pessoas, sem nada mais além das casas.