"Diante do cenário de alta da inflação, a Confederação Nacional da Indústria (CNI) revisou hoje de 5% para 4,7% a sua previsão para o crescimento do Produto Interno Bruto (PIB) em 2008. De acordo com a entidade, a estimativa está baseada em " um arrefecimento da demanda interna no segundo semestre " e só não foi mais baixa " devido às forças inerciais do crescimento". Mesmo reduzindo sua estimativa para o PIB, a CNI acredita que o a inflação deste ano colocará freios ainda maiores sobre o crescimento econômico de 2009. A projeção da entidade para a inflação medida pelo Índice de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA), que era de 4,7%, passou para 6,4%, já encostada no teto da meta estipulada pelo Banco Central (BC).Diante desse desenho, a CNI avaliou como " uma ajuda importante " a elevação do superávit primário para 4,3% do PIB, pois a medida seria uma forma de " dividir " com o BC o ônus do combate à expansão inflacionária, diminuindo a necessidade de alta dos juros. Mesmo assim, a entidade prevê que a Selic poderá chegar a dezembro em 14,25% ao ano, contra os 12,25% atuais. A confederação demonstra, ainda, preocupação quanto aos efeitos do combate à inflação sobre o PIB. " O desafio está em controlar a alta (da inflação) com o menor dano ao crescimento " , diz o relatório da CNI."
(Valor Econômico)
quarta-feira, 9 de julho de 2008
Assinar:
Postar comentários (Atom)
Nenhum comentário:
Postar um comentário