"A Assembleia Nacional (AN) da Venezuela aprovou na quarta-feira, em segunda instância, o projeto de emenda constitucional que permitirá ocupantes de cargos eleitos por voto popular, entre eles o de presidente, a tentarem se reeleger indefinidamente. A emenda foi declarada aprovada pela presidente da AN, Cilia Flores, por "maioria clara", depois de pedir aos que estavam de acordo que erguessem o braço, algo comum no Parlamento venezuelano.Após a aprovação da emenda, os deputados, também por maioria clara, aprovaram o texto da pergunta que os venezuelanos deverão responder em referendo. A cédula fará o seguinte questionamento: "O senhor aprova a ampliação dos direitos políticos das venezuelanas e dos venezuelanos nos termos contemplados na emenda dos artigos 230, 179, 174, 192 e 162 da Constituição tramitada por iniciativa da Assembleia Nacional, ao permitir a postulação para todos os cargos eleitos por voto popular de modo que sua eleição seja expressão exclusiva dos votos do povo?". A questão, segundo representantes do Partido Socialista Unido da Venezuela (PSUV), dirigido pelo presidente Hugo Chávez, só poderia ser modificada pela Corte Suprema de Justiça (TSJ). Para os deputados governistas, que ocupam 146 das 167 cadeiras do Parlamento, o projeto "amplia os direitos políticos dos venezuelanos", porque dá a eles a opção de reeleger por quantas vezes quiserem os governantes que fazem bem o seu trabalho. Por sua vez, os parlamentares da oposição alegam que a emenda não visa a ampliar os direitos dos cidadãos, mas "institucionalizar o monopólio do poder".Vários deputados governistas classificaram como tentativa de "manipulação" a apresentação da emenda como um mecanismo para a "reeleição indefinida" do presidente Chávez e dos outros cargos aos quais a medida abrange."
(Folha Online)
Assinar:
Postar comentários (Atom)
3 comentários:
Desse desatino eleitoral dos vizinhos livre-nos a Razão.
O Código de Ética de O Povo, tratando de ratificar como seu maior compromisso aquele mesmo com o leitor, faz que se proponha o Jornal uma atitude crítica, fiscalizadora. Das pessoas e das instituições. Bem é.
Hoje, Editorial e um breve artigo de Luiz Henrique Campos honram este programa.
Violência policial e desrespeito aos direitos humanos são o tema do Editorial, que conclui: teme-se mais a “polícia do que o bandido”. Encadeados a este, a degradante, explosiva, condição das penitenciárias, tortura, trabalho forçado, impunidade. Torturam-se presos no Ceará, confirma o Relatório Anual da ONG Human Rights Watch.
No afã de fiscalizar instituições locais, Luiz Henrique Campos registra a ineficiência, inércia, da prefeitura municipal. Quanto aos feirantes da Praça da Sé. Quanto à dissidência entre prefeita e vice-prefeito. Viu-se a indefinição sobre quem comporia a chapa como vice e os próprios prazos legais atropelados.
O repórter não pode senão concluir que é DESATENTA Luizianne e administração.
Tanto pior: Fortaleza tem urgências de metrópole infeliz; precisa cada vez do olhar vigilante da imprensa local.
Pronto, abriram um precedente para o Lula na América Latina.
Fortaleza ainda vai se arrepender de ter dado reeleição para essa prefeita irresponsável, que vive alheia aos graves problemas da cidade.
Postar um comentário