sexta-feira, 6 de março de 2009

COLLOR GOSTARIA DE SER "BENJAMIN BUTTON"


"Dezessete anos depois de ter descido ao verbete da enciclopédia como um defunto político, Fernando Collor está de volta. Retorna numa vitrine modesta: a presidência da comissão de Infraestrutura do Senado. Posto obtido em aliança com José Sarney, sob aplausos de Lula.
O mesmo Sarney a quem chamara de “ladrão”. O mesmo Lula que o tachara de “ladrão”. As ofensas são reduzidas por Collor a meras “circunstâncias históricas”. Para justificar-se, puxa analogias do baú. Recorda que Carlos Lacerda, depois de personificar a retórica do ódio, viveu o seu instante de reconciliação com o alvo Juscelino Kubitschek. Cita um clássico do gênero: as pazes que Luiz Carlos Prestes se permitiu fazer com Getúlio Vargas. Sob Vargas, Prestes amargara nove anos de cárcere. Sua mulher, Olga Benário, fora enviada à morte, na Alemanha nazista. A despeito de tudo, em 1945, o líder comunista aderiu ao movimento pela permanência de Getúlio na presidência.
Presidente aos 40, Collor tornou-se ex-presidente aos 42. Hoje, com 59 anos, tenta consertar a biografia. Diz que gostaria de ter nascido na pele de Benjamin Button. Vem a ser o personagem do último filme de Brad Pitt. Um sujeito que nasce com 80 anos e rejuvenesce à medida que o tempo passa. De resto, sustenta que a agenda de Lula, como a de Fernando Henrique, não é senão uma continuação do programa do governo dele.
“Tudo o que estava preconizado naquela época vem sendo seguido por todos aqueles que vieram depois de mim...”
“...A questão da abertura, a busca do superávit da balança comercial, a inserção competitiva do Brasil no mercado internacional”.

* Confira a entrevista no Blog do Josias de Souza aqui.

3 comentários:

Anônimo disse...

Amigo Eliomar,
não tem muito a ver com o assunto, mas gostaria de provocar uma reflexão e não sabia o seu e-mail.
Fui ao Castelão assistir Ceará e Ferroviário e me deparei com um placar que sinceramente não sei dizer se seria um "placar ou um outdoor do governo". O placar é pequeno, não condiz com um estádio como o Castelão e como se isso não bastasse o governo se apropriou de pelo menos 75% do espaço. Temos duas marcas enormes, sendo uma de cada lado e o nome da secretaria piscando bem no meio. Realmente uma pena, pois temos o dinheiro público tão mal empregado.
Fica como sugestão a seguinte enquete:
Placar eletrônico ou outdoor do Governo ???

Grato

Anônimo disse...

Depos do que ele fez, esse sujeito não era para ter o direito nem de entrar no Brasil. Ele não só robou o Brasil como a própria nação brasileira, levando a poupança do povo.

Unknown disse...

Deus me livre! Collor retroceder no tempo,chegando aos 20 anos,quando pintava e bordava,em Copacabana-RJ,junto com o filho do Ministro Buzaid,abordando e ameaçando as mocinhas com propostas obscenas? Ainda bem que,na realidade,isso nunca será possível.Já chega o Collor de hoje,estuprando a nossa consciência,com o aval de Sarney,Renan,Lula,Jucá e outras "mer...cadorias"da nossa política.