domingo, 1 de março de 2009

METROFOR. AGORA VAI?


"A imagem do Metrô de Fortaleza (Metrofor) associada a uma obra-problema - que vinha patinando no cronograma de execução por falta de dinheiro - parece ter ficado para trás. Graças ao anúncio do maior volume de recursos para a continuidade do projeto, desde que foi iniciado, há dez anos, finalmente existe um prazo concreto para sua conclusão: dezembro 2010. Para que isso aconteça, foi determinante a inclusão do projeto no Programa de Aceleração do Crescimento (PAC). Quem anuncia a luz no fim do túnel é o presidente do metrô, Fernando Mota. "O ciclo de inconstância de recursos foi encerrado em 2007, quando o Governo do Estado incluiu o Metrofor no PAC", afirma. Com um orçamento global que chega a R$ 1,526 bilhão, o Metrofor consumiu, entre 1999 e 2006, mais da metade (R$ 811,8 milhões) dos recursos previstos, segundo dados da Companhia Brasileira de Trens Urbanos (CBTU). Para os dois anos finais, o total poderá chegar a R$ 714,2 milhões, entre dinheiro do PAC (R$ 602,8 milhões) e contrapartidas do Governo do Estado - cerca de R$ 110 milhões. Devagar, quase parando, até o ano passado, as obras do Metrofor não só vinham se sedimentando como uma marca da falta de dinheiro público para obras de grande porte, como acarretavam prejuízos, por conta do ritmo lento. À época, estimou-se que a obra parada, por longos períodos, traria prejuízos de até USS 6 milhões/ano. Além de problemas financeiros, o Metrofor também chegou a enfrentar entraves jurídicos, como uma consequência direta da situação. O Tribunal de Contas da União (TCU) identificou indícios de irregularidades nos aditivos dos contratos feitos entre o poder público e o consórcio de engenharia que toca as obras. Todo o projeto prevê cerca de 63 km, somando-se a implantação completa da Linha Sul - ligando a Estação João Felipe, em Fortaleza, à Estação Vila das Flores, em Pacatuba - e a modernização da linha Oeste (Fortaleza/Caucaia). Quando em operação, a obra deverá elevar o volume de transporte público de passageiros sobre trilhos dos atuais 30 mil/dia, para até 185 mil/dia. "Hoje, há obras em todos os trechos", resume o presidente Mota, ao explicar que as do tipo civil acontecem no subterrâneo, na superfície e em nível elevado. Na parte subterrânea, está sendo concluído o acesso à estação do Benfica, através da escavação de um túnel; no segundo trecho, viadutos estão sendo erguidos, a exemplo do que acontece no Conjunto Esperança. A parte elevada - considerada uma das mais adiantadas - foi visitada pelo O POVO, na última quinta-feira. O trecho funciona na Parangaba. Segundo informa o presidente do Metrofor, nesta terça-feira, dia 3, está prevista a abertura das propostas da licitação do último trecho, ligando a Praça da Lagoinha à Estação Engenheiro João Felipe. "A partir de agora, com os recursos assegurados pelo PAC, vamos dar à obra o ritmo acelerado que ela exige", garante ele."


(Jornal O POVO)

Um comentário:

Anônimo disse...

O presidente do Metrofor não é mais o Rômulo Fortes?