Apesar do clima carregado de escândalos envolvendo obras públicas no Brasil, o governo federal encaminhou para o Senado um projeto de lei estabelecendo mudanças na lei 8666, a conhecida Lei das Licitações.
O detalhe: a mensagem chegou àquela Casa com um pedido de urgência urgentíssima feito pelo próprio governo, no que a matéria deixou de tramitar nas comissões temáticas, seguindo direto para o plenário. A alegativa: "adequar contratações governamentais às novas tecnologias de informações".
Essa velocidade chamou a atenção do senador Tasso Jereissati (PSDB) que, ao iniciar discussões da matéria, protestou contra o vapt-vupt e fez um apelo à liderança do governo para que o assunto não fosse votado e houvesse tempo para debate na Comissão de Assuntos Econômicos.
"Em meio a um turbilhão de acusações e denúncias que envolvem licitações no Pais, não podemos votar essa mensagem sem a oportunidade de maior debate", ponderou Jereissati. Já o líder Romero Jucá (PMDB-RR) acatou o pedido do senador cearense, mandou retirar a matéria da pauta e, no prazo de duas semanas, a CAE fará audiência pública para apreciar melhor o tema.
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