"A greve de funcionários dos Correios entra no oitavo dia nesta terça-feira com a adesão de mais um Estado, segundo a Fentect (Federação Nacional dos Trabalhadores em Empresas de Correios e Telégrafos e Similares). A entidade contabiliza 24 Estados (mais o Distrito Federal) paralisados, com a adição dos trabalhadores do Mato Grosso à paralisação. A assessoria de imprensa da ECT (Empresa de Correios e Telégrafos) informa adesão à greve em 20 Estados, além do Distrito Federal, mas admite oscilação no número, em baixa escala. O balanço das assembléias e o ponto dos trabalhadores, segundo a assessoria de imprensa dos Correios, indicam atividade em Mato Grosso, Mato Grosso do Sul, Espírito Santo (com menos de 1% paralisados), Tocantins, Amapá e Roraima. Segundo a empresa, 35% dos carteiros de todo o Brasil estão de braços cruzados.
Segundo a assessoria dos Correios, a empresa faz um levantamento hoje sobre as unidades de atendimento que estão cumprindo a determinação do TST (Tribunal Superior do Trabalho) de que pelo menos 50% dos funcionários dos Correios retomem o trabalho, sob pena de multa diária de R$ 30 mil.
(Folha Online)
NO CEARÁ, por causa da greve, mais de dois milhões de correspondências continuam estocadas.
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Um comentário:
Sobre relações de trabalho. Favorável à EXIGÊNCIA DE DIPLOMA para o exercício da profissão de jornalista escreve hoje Adísia Sá em O Povo. Não logra, porém, a Professora, boa jornalista, produzir, senão argumentos muito FRACOS, fáceis de retorquir. Recorre ao corporativismo: o diploma permitiria a sobrevida de escolas, e sindicatos, e Fenaj. Mas então trata-se apenas de manter um lobby? Recorre à sempre fingida liberdade dos repórteres e editores hoje: o fim do diploma permitiria que patrões contratassem de maior universo, impondo com mais facilidade o controle das redações. Sobre isto, sabe a Professora que quase não é possível imaginar maior promiscuidade entre empresários e o pessoal das redações além do que se pratica hoje Brasil afora. Exceções há, felizmente. A Professora chega a recorrer a um tolo, inacreditável silogismo: faculta a Constituição Federal o exercício de qualquer trabalho – atendidos os requisitos da lei; para jornalistas há o DL972/69; logo, o diploma é necessário. Precisa melhorar, aprofundar-se este debate. Não se pode deixar de considerar, por exemplo, o caráter elitista, excludente da grande mídia nacional e sua inegável imbricação com o poder político e econômico. Capaz, não raro, de exercer-se pelas mesmas toscas personagens do velho cenário nacional. O entrave do diploma não agrava este mal? Outro aspecto que considerar são as repercussões da Internet e das novas tecnologias, que permitem, felizmente, que qualquer crie e desenvolva com sucesso muitos grupos de comunicação e de expressão sem o passaporte do diploma.
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