terça-feira, 23 de dezembro de 2008

PROTÓGENES - NÃO HOUVE GRAMPO NO STF

"O delegado da Polícia Federal Protógenes Queiroz disse na noite desta segunda-feira (22) acreditar que não houve grampo telefônico em conversa entre o presidente do Supremo Tribunal Federal (STF), Gilmar Mendes, e o senador Demóstenes Torres (DEM-GO). “Não houve grampo. Na minha opinião, não houve. Cadê o áudio?”, disse o ex-chefe da operação Satiagraha durante o programa “Roda Viva”, da TV Cultura. Questionado repetidamente pelos entrevistadores se acreditava ou não na existência da suposta gravação que desencadeou o afastamento do delegado do comando da operação, ele voltou a cobrar a divulgação do áudio da conversa, que nunca foi encontrado.Depois que deflagrou a operação Satiagraha, ele foi afastado do comando da diretoria da inteligência da Polícia Federal após supostos vazamentos de informações durante as investigações.Entenda No fim de agosto, uma reportagem da revista "Veja" denunciou uma suposta existência de escutas ilegais feitas por integrantes da Abin nos telefones de Gilmar Mendes e publicou um suposto trecho de uma conversa de cerca de dois minutos entre Mendes e o senador Demóstenes Torres (DEM-GO). A publicação rendeu críticas e discussões sobre a utilização de grampos ilegais nas investigações na Operação Satiagraha. Protógenes, no entanto, disse não querer opinar se Mendes e Torres teriam participado de uma “farsa” ao confirmar a existência da conversa transcrita. Para ele, o objetivo da publicação da transcrição seria desviar o foco da atuação do “banqueiro bandido”, como o delegado costuma se referir ao banqueiro Daniel Dantas, investigado na operação.A bancada de entrevistadores foi formada pelos jornalistas Ricardo Noblat (O Globo e Blog do Noblat), Renato Lombardi (TV Cultura), Fernando Rodrigues (Folha de S. Paulo) e Fausto Macedo (Estado de S. Paulo).

(Folha Online)

3 comentários:

carlos disse...

como a vida é interessante.
foi preparada uma tocaia pra massacrar o delegado protógenes da pf no programa roda viva da tv cultura de são paulo.
só um dos entrevistadores não era representante do partido da imprensa golpista e stavam lá a folha, o estadão e a globo.
o tiro saiu pela culatra ou deu, simplesmente, chabu.
o delegado, inabalável como sempre, resistiu aos ataques destrambelhados dos "inquisidores" e deu um show de coragem, sensatez e equilíbrio.
resultado: o pig sifu!

Anônimo disse...

O Delegado Protógenes demonstra ser um homem sério e corajoso ! Ele o Procurador Rodrigo de Grandis e o Juiz Fausto De Santis são hoje uma referência em matéria de combate a corrupção no Brasil. A "Operação Satiagraha" é um marco histórico. Uma oportunidade par passar a limpo a "República Federativa do Brasil". Guardadas as proporções temos aqui no Ceará a "Operação Marambaia" conduzida pelo exemplar Delegado Cláudio Joventino. O Brasil precisa de uma Polícia Federal Republicana, um Ministério Público atuante, uma Defensoria Pública forte e um Judiciário independente. E todas estas instituições devem estar comprometidas com a efetividade da Justiça Socioambiental.

Anônimo disse...

Meu Deus, onde os senhores acima assistiram esse Roda Viva?? Será que foi o mesmo que assisti, e que me deixou indignada com a desfaçatez desse delegado??

O que me fez ir até o fim do programa não foi a atitude escorregadia e delirante do delegado Proctógenes, mas a firmeza lógica e fundamentada em fatos dos entrevistadores.

Ele ainda foi salvo pela otária assessora da internet (monitorada?), que interrompeu prontamente salvando-o de responder a uma pergunta de Fernando Rodrigues: por que, mesmo afastado desde julho da investigação, só devolveu o Land Rover que usava em setembro, quando foi intimado a fazê-lo?

Referindo-se sempre a Daniel Dantas como "bandido", de uma maneira no mínimo deselegante pois o cara está sendo investigado, não foi ainda julgado, ficou com a cara mexendo, quando Fernando Rodrigues lembrou que ele (Protógenes) também está sendo investigado por 5 crimes, dentre os quais prevaricação, vazamento, uso de arapongas, grampos ilegais, ou seja, serve para ele também a alcunha de bandido? Para o delegado, ser considerado "bandido" não é quem está sendo ainda investigado pela polícia?? Então ele se encaixaria perfeitamente no proprio conceito, ou seja, poderia ser chamado de BANDIDO. O que ele fez?? Amarelou e ficou quieto.

Por fim, a história absurda do grampo feito ao presidente do STF, que ele simplesmente nega por não existir o audio, só existe a transcrição CONFIRMADA pelos envolvidos. Lamentei não terem perguntado a ele por que então teria validade o video da reunião que eles mostraram como sendo o flagrante do suborno feito por Chicaroni e Humberto Braz. Até hoje eles não apresentaram o audio, que seria revelador de como a tal tentativa de suborno ocorreu. Será que foi oferecido ou pedido??? Ninguém sabe, ninguém ouviu. Por que numa investigação essa ausência de audio valida a prova da polícia, e noutra a ausência de audio invalida a prova?

Nós, cidadãos brasileiros, devemos repudiar veementemente este estado policial que este governo quer instalar no Brasil. É uma grave ameaça ao estado democrático de direito, que tanta luta custou a tantos brasileiros de gerações passadas.

Carol